Mostrando postagens com marcador bailarinas acadêmicas. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador bailarinas acadêmicas. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 21 de março de 2012

Celebrando - Festa Selo Suheil

Esta festa, dia 04 de março deste ano,  foi a união, a celebração do encerramento do Curso de Professoras realizado no Rio de Janeiro 2011 e também a apresentação final das bailarinas que se submeteram ao exame do "Selo Suheil de Reconhecimento em Dança".
Sim, tudo junto misturado, como dizem!

Eu estava devendo esta postagem, mas vou logo adiantando que como a filmagem ficou super escura devido a luz natural que entrava pelas laterias do espaço, eu demorei a beça pra montar o videoclipe e ele não, não ficou bom! rs... Mas não poderia deixar passar em branco um momento tão especial!

O público presente foi totalmente VIP! Somente convidados das participantes estavam presentes, não foram vendidos ingressos para o público. As meninas preferiram fazer uma festa fechada, mais íntima, para celebrar este momento.

O resultado foi uma festa linda, pra lá de emocionante, com direito a muito choro, muito abraço, muito amor e acima de tudo, muita, muita união!!! Uma união que está difícil da gente encontrar nos dias de hoje dentro do contexto "bellyworld" ...

Das 12 bailarinas que iniciaram o curso no começo do ano de 2011, nosso saldo final até que foi bem positivo! Uma, infelismente nos deixou por problemas familiares. Duas não concluiram a prova do selo nem o credenciamento mas foram até o fim no curso e seu árduo estudo didático de 70h/aulas e uma delas ainda se matriculou no curso de formação de bailarinas deste ano, provando que este ainda não é o final pra ela...

Duas não credenciaram (ainda!), mas estão concluindo as etapas a seu tempo, com um pouco de atraso.

Tivemos a grande surpresa de umas das "café com leite" - como eu chamo as meninas que não tem o tempo mínimo de dança para o curso mas mesmo assim querem participar estudando - ter tido uma evolução tão absurda, não tenho outra palavra para descrevê-la, que acabou sendo aprovada no exame!

Uma já era "bailarina selada" e agora é também professora credenciada. E mais 05 bailarinas que, além de aprovadas e reconhecidas pelo Selo Suheil, acabaram recebendo também o convite para o credenciamento do método acadêmico e, aceitaram!!!

Para entender: ao término do curso as alunas precisam apresentar um TCC que contém desde a história da dança até a biomecânica dos movimentos contidos nos 3 primeiros anos de aula pelo método. A nota mínima de aprovação é 6,0 (seis) mas para o convite de credenciamento, que não é vendido como em outro método existente no mercado, só são convocadas as alunas que atingiram nota mínima 8,0 (oito).

Nunca este curso, existente e formatado oficialmente desde 2005, houve um nível tão alto de aprovação.

PARABÉNS BAILARINAS, VOCÊS MOSTRARAM UMA COMPETÊNCIA ÍMPAR!!

Isso sem falar na união deste grupo, objeto quase invejável!

Oração, união e muita energia positiva! Yalla!

Pessoalmente acho que nunca me senti tão amada! Rs... Como demonstração de carinho, ganhei não apenas flôres, presente e um amasso coletivo com direito a gritinhos de "Tia Suh, Tia Suh..." que quase arrancou minha peruca, mas uma plaquinha de bronze linda, com dizeres que acarinharam meu coração.

Suheil, 
mesmo que a palavra "obrigada" signifique tanto, não expressará por inteiro o quanto seu gesto atencioso e dedicado foi importante para nós. Alunas do Curso de Formação de Professoras 2011, Rio de janeiro

Conheçam (e aplaudam!) estas lindas bailarinas "Selo Suheil" e as novas representantes do Método Acadêmico, suas 06 cidades do Rio de Janeiro e nossa nova queridinha de Brasilia, DF.
São elas:

Shaira Sayaad
Primeira bailarina Selo Suheil do Rio de Janeiro
 Representante do Método Acadêmico no estado do RJ
Professora credenciada do Método Acadêmico no Rio de Janeiro, RJ
Shaira também organizadora dos cursos de Formação de Professoras (2011) e Formação de Bailarinas (2012),
é  assessora de Suheil no RJ,  além de produtora do maior evento de dança do estado, 
o Hórus Festival Nacional de Danças Árabes.    
UFA!! Rs...


Amlid Amar
Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico em Barra de São João, RJ


Diana Arrássad

Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico em Brasilia, DF


Fernanda Costa
Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico em Saquarema, RJ



 Jaciene Machado
Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico em Cachoeiras de Macacu, RJ


Laineh Alves 

Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico no Rio de Janeiro, RJ


Naia Nurayni

Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico (finalizando processo) em Niterói, RJ


Vanessa Cabral

Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento E
Professora credenciada Método Acadêmico (finalizando processo) em Campos dos Goitacazes, RJ


Aisha Zareen

Bailarina aprovada pelo Selo Suheil de Reconhecimento 
 Mirian é a nossa bailarina "café com leite" que  foi estudar tudo o que você possa imaginar (ballet, leitura musical, percussão, interpretação, aperfeiçoamentos,...) com diversos professores e acabou sendo a surpresa do curso!


e claro, não poderiam ficar de fora, minhas outras 2 alunas café com leite, que embora não participaram da festa, são lindíssimas, pertencem a este unido grupo de estudo e dedicaram-se muito a este curso.

Maria Helena
Concluiu o curso de professoras e agora cursa o curso de Formação de Bailarinas

Nawar
 Superou as espectativas da professora, foi guerreira, ferveu o cérebro mas esteve lá, na luta!


Confiram alguns momentos desta linda celebração:


E ainda em tempo, agradeço a todas estas fantásticas mulheres por acreditarem em meu trabalho, me darem as mãos e seguirem comigo neste lindo, porém árduo caminho, que é o estudo sério da Arte da Dança do Ventre. 

Estamos "Unidas pela Dança", com muito amor e para sempre!! 

De coração, OBRIGADA!!!
Tia Suh

;)

segunda-feira, 2 de maio de 2011

2ºencontro CFPDV no RJ

O Curso de Formação de Professoras pelo meu método acadêmico este ano está sendo ministrado no Rio de Janeiro. Para minha surpresa a turma desde o início está incrível, super unida!

Embora as bailarinas venham não apenas do Rio, mas de Niterói, Cachoeira de Macacu, Campos de Goitacazes e até de Brasília, parece que este grupo se conhece há anos! Energia super positiva!

Em sendo assim, claro, não faltam farras nas horas vagas, principalmente com uma organizadora pra lá de "encantadoramente palhaça" e cheia de biscoitinhos, suquinhos, bombons... um escândalo! Sem falar na "dança da Deusa do véu" oferecida por ela no intervalo - só quem viu pode contar... Amém.

A Up Dance Studio que promove o evento é um luxo!
Invadimos a sala de pole dance e claro, a farra rolou solta!

Alguns momentos do nosso 2º encontro dias 30 de abril e 01 de maio foram mixados num pequeno videoclipe abaixo. Daí a gente imagina o que vai rolar até o fim do ano! Jesuismariajosé, nos proteja de nós mesmas! Rs...

Ok pituchas Kariocas... até dia 14!

Bjkas com amor,
Tia Suh



obs.: não coloquei nossa foto porque na primeira faltou Diana e Nawar e na segunda faltou a Fê... fica pro próximo post!

;)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Tristesa profunda...

Acabei de chegar ao Brasil e recebí a triste notícia da perda de alguém mais que especial. Decidí então escrever este post em homenagem a ela.

Nori - minha amada Samia Munirah
No evento da escola em 2003, ela exibia o meu traje que ganhou na rifa e simpática e doce como sempre, fez questão de dizer que ele a ajudou a fazer o show...
Sempre carinhosa.


Conhecí a Nori numa festa árabe em que fui contratada para dançar em Ubatuba, em 1998. Apresentada por Suely (outra amiga que me enche de saudades) parecia que já nos conhecíamos há muito tempo. Apenas um reencontro de amigas de outra vida.

Foi ela que junto a Sú e suas filhas (Marina, da Suely e Carol, da Nori) foram minhas primeiras alunas e depois, eternamente fiéis amigas naquela cidade (e fora dela também!).
Era ela que, quando eu estava sosinha no meu apartamento, tocava meu telefone pra me convidar pras festinha da turma de dança de salão, que ela também fazia. E lá íamos nós "xacoalhar" o esqueleto juntas.

Nosso primeiro evento em Ubatuba em 1998.
Primeira a me apoiar e a se matricular junto com sua filha no meu primeiro curso naquela cidade.
Ao fundo, Suely e sua filhota Marina


Foi na garagem de sua casa, que regadas a café e bolachinhas de waffle, ensaiávamos nosso números a serem apresentados.
Incansável guerreira.

Na peça "A Sucessora", minha eterna e competente "Grande Mãe"

Mulher de fibra, começou a dançar já madura, com filhos mais que bem criados, apenas para realizar o sonho de infância de ser bailarina.
E conseguiu. E fez bem feito!

A verdadeira essência da mulher que prova que dança com qualidade não tem idade.

Nori era a "Grande Mãe" de nossa cia de dança amadora.
Companheira, ativa, pacificadora. Um exemplo de mulher.

A 3ª da esquerda para a direita, em meio ao grupo de dança, nos idos de 2001

Mesmo quando deixei de estar tão presente na cidade, ela nunca me abandonava. Um cafezinho aqui, um encontro rápido alí...

Sua mãe, uma senhora elegantérrima e mais que simpática, estava presente com ela em todos os shows, os de antes, os de durante e também que vieram depois.

Em Campos do Jordão, na Mostra Cultural Paulista
Ela descia do trono para entregar a espada a sua Sucessora (eu!) - que honra ter dividido o palco com você.

Sua filha, a Carol, minha amadíssima Aysel El Suheil, entre tantas sapecagens de criança e depois de adolescente que vivemos juntas, me deu depois de grande, entre outros, o presente de levar minha dança para Madrid... quase que a gente apronta lá, né Carol??
Mas quem me incentivou a procurar sua pequena por lá? A Nori, a mãezona, é claro!

O mais incrível é que no meu último show em Ubatuba, em dezembro passado, percebí que ela não estava na platéia. Veio um vazio inexplicável.

Semana passada, enquanto estava na Republica Dominicana, não parei de pensar nela. Cheguei a sonhar. Mais de uma vez. Estava sem conexão por lá, meu ipad não se resolvia com a net jurássica... e deixei então para escrever pra ela contando dos sonhos quando eu voltasse.

Mal sabia eu que talvez fosse ela de verdade que estava presente nos meus sonhos, como que se despedindo... pois ao chegar descobrí que sua missa de 7º dia foi ontem. Um dia todos nós entenderemos estes mistérios...

É amiga... pra nós que ficamos, uma grande perda. Você vai fazer muita falta.

Segura de que você está agora nos braços de Deus e olhando por nós, saiba que serás insubstituível. Levo você no meu coração. Para sempre.

Formanda da turma de 2004.
Sim, você conseguiu, foi uma grande bailarina.
Selada com muita honra e todos os méritos.



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Pituchas de OURO

Hoje vou comentar sobre duas de minhas "pupilinhas" (meio brega isso, né? mas é carinho...) que andam arrasando por aí!!
Descobrí estes dias que as meninas chegaram a ser inspiração para um destes perfis de internet, que disse que era ela dançando... e postou o video das meninas! "Fake" chama isso, né? A pessoa que postou só esqueceu de um detalhe: ela tem 60 anos enquanto essas meninas... bem... são assim, digamos... umas gatas!!!!

Mas tem quem acredite até em saci-pererê, não é? E não é que tem gente que acreditou que era ela mesmo?
Como diria a sábia Shaide Halim: "vou morrer sem ver tudo!"

Daí sabe o que pensei?
Poxa, pra fazer isso é porque deve achá-las lindas!
Vamos então divulgá-las, pois afinal, elas merecem!

Com vocês... (tatararatarara - cornetas de anunciação gente! rs...)

Jalilah El Suheil de Ubatuba, SP
e
Mahayla El Suheil de Aracaju, SE


Primeiro os videos "fakeados" das belas...






Agora outros para apreciação:


Jalilah faturando a noite da conquista com nada menos que Randa Kamel, Jillina, Amir Thaleb e Yoursy Sahrif na banca avaliadora...



E Jalilah com seu grupo de alunas, o Jalilah Raks (integrado por: Sabrina, Izabela, Marina, Emely, Camila e Andreza)



Mahayla faturando o concurso de pop árabe do Rio Orient



E gravidíssima numa apresentação com sua alunas



É isso aí meninas! Continuem estudando, treinando e abalando!
Tenho muito orgulho de vocês!























;)

sábado, 26 de setembro de 2009

Shobam El Suheil - Bailarina homenageada do mês


Shobam El Suheil
A pupila em Brasilia

- Bailarina homenageada de outubro -









Minha pequena Jade. Pedra preciosa que literalmente lapidei com muito carinho e compreensão. Nossos momentos são inesquecíveis.



Possui uma visão de mundo por um ângulo"psico-seniase", sua presença e beleza acalmam até o mais perturbado espírito. Esta é a sua grande troca.

Portadora de meus segredos mais secretos é amiga, companheira de shows, de aulas, de crescimento, de diálogos, de arguile e de sonhos.

Acreditou desde o início na aplicação desta didática. Foi aluna, estagiária, trainee.
Uma das primeiras professoras em minha escola.

Shobam em show pela Suheil Dance Co. em 2003

Suas performances cativam até o espectador mais distraído e suas alunas refletem sua competência em ensinar . Bailarina de estilo forte e marcante. Professora exigente e divertida. Única.

Jade El Suheil – Shobam El Suheil
Orgulho de ter você como uma Profissional Método Acadêmico !!!


Shobam El Suheil é bailarina e professora, representante do Método Acadêmico em Brasilia, DF.




sábado, 28 de março de 2009

Quando só o tempo é capaz de provocar certas sensações...

Estive estes últimos dias em Ubatuba, uma cidade maravilhosa do litoral paulista. Foi nesta cidade que passei 8 anos de minha história pessoal... e lá estava eu entre outros motivos para avaliar um exame que ocorreia com as turmas do primeiro ano da escola de minha ex aluna, hoje profissional, Jalilah.
Uma honra estar nessa modesta banca, ao lado de Adriana Menezes, acadêmica em dança e que também foi banca em minha escola, quando Jalilah ainda era a pequena e talentosa Denise.

Do outro lado, prancheta em punhos, outra representante do método acadêmico, a professora Sahara, até poucos anos atrás, a diretora Jô, que achava que nesta encarnação jamais seria o que é hoje. O exame ocorreu como esperado... e no dia seguinte de novo... e não é sobre ele que quero escrever; mas sobre o que isso me causou: uma sensação completamente nova!

Um misto de me sentir... velha não, experiente... acima de tudo, realizada! As vezes me sinto tão nova para ser apresentada como "minha mestra". Outro misto de emoções: mestra, eu, tão novinha? Não seria pretensão? (O mestra ou o novinha? Ambos!).
Mas como descrever aquele que nos ensina eternamente com carinho tudo o que sabe? Eu chamaria de mestre. E se assim me chamam... devo agradecer o carinho, o respeito... e receber de coração aberto. Perdão as incomodadas (aquelas que metem a boca em bailarina chamada de mestra). Mestra Suheil é um barato! Mas ai, minha tintura pra cabelos...

De qualquer forma, foi uma experiência com a qual me peguei pensando neste sábado de deliciosa melancolia, antes da próxima viagem que se aproxima, atolada de bagunça ao meu redor... Estar ao lado das alunas daquelas que foram minhas alunas... cresceram por mim lapidadas e hoje lapidam de acordo com o que lhes foi passado... e assim virão as próximas. Parece aqueles filmes de gerações, sabe? ... e me pego com 70 anos... como será? Como estará a dança? Quantas escolas com método acadêmico existirão? Pretensão? Não ... sonho!
De bengalinha, eu apareço para mim mesma como Jane Blauth e sua varinha de bambú. Meu riso me desperta do cochilo. Que delícia! Acordar sim. Para esta vida real.

Porque estas realizações na vida da gente, só acontecem quando o tempo passa, impiedoso... mas trazendo o conforto de uma vida dedicada a algo que deu certo!

Obrigada Buddhas e Bodhisatvas, obrigada Deusas, obrigada Universo. Só pra começar a lista...

Ilustrando estas memórias...

Turma de 1999, hoje todas bailarinas.
Entre elas a representante do método em Floripa, Julieta


1999
Cristian Kelly, , Edy, Rosa, Nori, Julieta e Suely.
Debbie, eu e Potty.
Jalilah, em 2008
e há 10 anos, ainda uma menina...




hoje com seu grupo de dança

e em sua escola,
no dia do exame mencionado...


Exemplos de semente, de realização...

Multiplicadoras de uma vida dedicada a dança...

Que venham também as alunas de Shobam, Samra, Aziza, Amara, Farhannah ... e de todas as outras bailarinas maravilhosas que trilharam comigo este caminho!


Amo tudo isso!!!
(acho que já ouvi isso... rs...)


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O surgimento de um Método Acadêmico para Dança do Ventre

Método Acadêmico Suheil Dança do Ventre

O surgimento de um Método Acadêmico para Dança do Ventre


- texto retirado do livro da bailarina -

...

Como acredito, pude provar nestas dezenas de paginas escritas com todo o meu amor, sim, sou uma admiradora da dança do ventre. Uma apaixonada por esta arte. Uma fãn. Em verdade, uma completa adicta. Até entrei em uma dessas comunidades de sites de relacionamento, entitulada “Fanáticas por dança do ventre”. Não poderia ficar de fora! Mas amar muito alguma coisa as vezes pode ser um problema.

Por mais maravilhosa que tivesse sido para mim minha mestra Shahrazad com todos os seus fantásticos exercícios e outras professoras que eu viria a conhecer depois, cada uma com seus conceitos e seus benefícios, suas técnicas e seus métodos próprios, muitos deles com resultados incríveis, ainda faltava alguma coisa. Dentro das aulas, algo ainda não me satisfazia. Faltava uma linha de aprendizado. Faltava didática, método. Faltava aprimoramento técnico. Faltava principalmente uma evolução consciente dos movimentos.
E então quando estava na sala de aula de ballet, estudando... foi que me dei conta. Agora parecia muito claro. Como um estalo. Assim como as danças clássicas acadêmicas possuem uma metodologia que nos garante um aprendizado pleno e de qualidade atestada, era nescessário didatizar, “metodologizar”, academizar a dança do ventre!!! Uma semente era plantada aqui.

Começou então um processo de busca que envolveria nomenclatura, das mais utilizadas popularmente `aquelas usadas internacionalmente, incluindo a criação de alguns nomes, normalmente descritivos, que se fizeram nescessários.
Como fazer tal e como fazer qual técnica? A didática deveria ser de acordo com a tradição, mas incluir cinesiologia, biomecânica, anatomia do movimento... e isso levou a um profundo estudo de todos os movimentos encontrados na dança. Após catalogá-los, é claro!
Nescessária é a organização para o estudo aprofundado de algo. Feita então, uma apurada divisão dos movimentos em grupos de acordo com a parte do corpo a que se referem e seu respectivo grau de dificuldade. E qual ou quais passos derivam de determinado um, e quais passos derivam de outros. E assim por diante.

E então agregou-se o ballet. Sim, o ballet clássico, pai de todas as danças, como dizem do piano, o pai de todos os instrumentos. Quando se olha com foco para a linguagem universal da dança, sejamos francos (!) : pliet é pliet em qualquer lugar do mundo. Assim como relevet, pivot, developet e diversos outros nomes utilizados para determinados movimentos do corpo na dança, que são chamados assim desde que a dança é dança, ou pelo menos, é dança acadêmica.
E assim posso dizer também sobre os braços. Uma quinta posição de braços é igual no método italiano, francês ou russo. Cada uma com seu detalhe, seu estilo próprio, claro, mas grite em uma sala de dança “5ª posição” e me diga se imediatamente qualquer nacionalidade de bailarino não vai levantar seus braços em arco sobre a cabeça.
Foram agregados o ballet e sua nomeclatura também. Adaptados é claro, `a realidade da dança do ventre. Um passet jamais seria endehors com uma roupinha de odalisca, certo? Usando o bom senso, é muito fácil entender as adaptações naturais que estes determinados passos sofreram ao migrar do ballet para a dança do ventre.

E aí então, como numa receita de bolo riquíssima, em que nada pode faltar ou sobrar, agregaram- se as danças folclóricas, as danças modernas, as fusões... Assim como o uso como auxílio psicoterapêutico que se faz da dança (e o tão polêmico arquétipo das deusas). Não poderia deixar de fora também, a história da própria dança, a história da dança do ventre e uma certa cultura mínima da dança em geral (afinal, quero academizá-la, não é?). Conhecimento é a palavra. Estudo é o adubo.

Brotou daí o Método Acadêmico Suheil Dança do Ventre. No começo eram papéis cheios de anotações e fórmulas quase que secretas para ensinar esta tão maravilhosa dança, de forma a permitir que as alunas absorvessem todos os benefícios da prática e ainda tivessem em mãos um curso valorizado, que lhes permitisse no futuro, também poder exercer uma profissão artística com qualidade e dignidade.

Nescessário também, que as profissionais se comunicassem com a mesma linguagem e os mesmos padrões de avaliação, ou seja, primeiro ano em uma escola não pode ser terceiro em outra e assim por diante, de acordo com o exclusivo interesse comercial.
Surge então, o "Guia didático". Com ele, foram divididos em cinco diferentes níveis, ou cinco períodos, todas as informações e todo o conteúdo prático do curso. Você sabe desde o início o que vai aprender, quando e porquê!

A aplicação do método já acontecia em academias, nas aulas de dança do ventre. Difícil na época uma escola especializada como as que existem hoje. E incrivelmente as aulas de dança começaram a lotar! As aulas de dança do ventre passaram a ser dinâmicas. Mais que isso: aula de dança do ventre passou a ser também cultural. Passou a ser técnica. Passou a ser divertida. Passou até a ser rentável! Fui aconselhada então a abrir uma escola.

Começar uma escola própria com diversas alunas não foi difícil. Começar com turmas técnicamente divididas e que já estavam acostumadas a “mudar de nível” conforme o aprendizado e não conforme o tempo de dança, também foi a etapa fácil. Era nescessário agora apenas praticar o método e a didática desenvolvidos. E aplicá-los significava usá-los, testá-los, não apenas nas alunas que já estavam neste fluxo, mas principalmente a mim mesma, em colocar regras e ditar o quê e aonde, principalmente a mim mesma, pois não poderia deixar a essência da dança se perder em meio a tanta rigidez e disciplina. Esta foi a tarefa mais difícil...
Temí. Pensei. Uma escola com um método acadêmico, diferenciado. Mas como saber se ele funciona? Como saber se estas “bailarinas do ventre” seriam mesmo diferenciadas? Como a arrogância de achar que este seria diferenciado... porquê? Seria nescessário então olhar para a plantação, como quem olha mesmo para um fruto... a saber se é bom ou não. Simples assim.

Fui atrás de bailarinas clássicas que pudessem servir de examinadoras destas minhas alunas (e das de outras professoras que já usavam o método). Montamos uma banca com três profissionais reconhecidas (faculdade de dança, diploma de ballet, etc...) e então aplicamos exames que começaram como anuais, que promoviam a aluna para uma outra turma, um nível superior. Para ser aprovada o rendimento mínimo da aluna, assim como sua frequência em aula, deve ser acima de 70 por cento.
Este exames consistiam em movimentos técnicos, combinações, diagonais (e tudo o mais que requer um exame acadêmico), além de leitura musical, postura, coreografia e improvisação (tido por muitos como essência desta dança). Se a aluna viesse de outra escola, poderia começar a frequentar as aulas, mas seria submetida a um exame oficial para poder permanecer em qualquer turma acima da iniciante. Foi incrível o resultado técnico atingido com esta implantação. A seriedade com que as alunas frequentavam e encaravam o curso, já não era mais a mesma. Que bom.

Começou a prática real do método! Turmas começaram a usar a metodologia e as salas foram ficando mais cheias. Os comentários inevitáveis apelidados de “amigos do ego”, cada vez citavam motivos diferentes de porquê daquela forma aprendiam e de outra não. E isso foi crescendo. As primeiras alunas foram se apresentando e com elas inúmeros troféus conquistados em festivais foram se somando nas prateleiras.
Em outras cidades, professoras chegaram com a novidade. Suas salas encheram. Ninguém rouba aluna de ninguém. Mas é incrível como todas as alunas têm em comum, a busca por um curso aonde se aprenda... E as alunas foram optando. Pelo curso didático, acadêmico,...
As alunas das turmas infantis, com sua metodologia apropriada e também adaptada para que as meninas não desenvolvam prematuramente o lado sexual e sim aprendam a valorizar mais o seu próprio corpo, as duzias mostravam a cada dia, que a dança pode fazer desabrochar o feminino com delicadesa e muita disciplina. E que criança pode sim dançar a dança do ventre como criança. E ser assim vista, dançando como criança.

Alunas que entraram no início do curso foram passando de ano, ano após ano. Algumas depois estagiaram para se tornarem professoras da escola, daí começaram a dar aulas como trainees para depois serem oficializadas professoras. Exatamente como nas escolas acadêmicas de ballet. Com o tempo, outras professoras que vinham de outras escolas com outros métodos, começaram a aparecer. No início para fazer aula nas turmas mais avançadas ou apenas para se atualizar. Outras, pedindo claramente para aprender uma forma de ensinar. Curioso não? Mas é mesmo nescessário aprender a ensinar. “Nem todos nascem com o dom” seria uma frase tão ruim assim neste caso? Sabe aquela história da exelente bailarina que não sabia dar aulas?
E assim surgiu o “Curso de Formação para Professoras de Dança do Ventre” – Metodologia acadêmica Suheil Dança do Ventre. Primeiro para minha própria escola, e como quem vê um sonho se tornando realidade, depois para outras escolas, em outras cidades, outras capitais,... rompendo as fronteiras.

O êxtase dos 10 anos de aplicação prática do método foi, para mim ver diversas alunas circulando entre oito professoras diferentes dentro da mesma escola, estivessem repondo aulas ou experimentando estilos diversos, acelerando o aprendizado, mudando de turma... não importa! Mas com todas estas ímpares bailarinas e professoras de estilo próprio, que utilizando-se apenas deste método academicamente, conseguiram que as alunas não se perdessem no conteúdo das aulas, conseguissem se comunicar através de uma mesma nomenclatura e fluir de uma sala para outra, de uma professora para outra, de um nível para outro, evoluindo sempre de forma visível até para os mais leigos. Na ponta da língua a delicada sabedoria feminina também se apresenta. Quando questionadas sobre cultura ou pressionadas pelo preconceito alheio, estas alunas souberam com muita didática expôr seus conhecimentos e elevar o nível desta arte tão rica. Assim como as bailarinas de verdade. Aquelas que conhecí, admirei, amei, respeitei... e viví desde a minha infância.

O Batismo. Quando eu comecei a dançar, o ritual do batismo era mais que mágico. Era esperado. Era uma dádiva. Na verdade mesmo era uma forma de nós ocidentais sermos aceitas pelas comunidades árabes e vizinhas quando dançando em suas festas, um dos únicos trabalhos na década de 80 para quem queria ser bailarina de dança do ventre. Mas isso era abafado pelo misticismo. A mestra lhe escolher um nome, algo com significado – que para a cultura deles é ordinária e para a nossa não usual – principalmente se relativo a sua personalidade ou a sua dança, era uma honra. Tanto que carrego o meu até hoje.
Hoje é indiferente para muitas escolas, bailarinas que se auto nomeam ou simplesmente o nome de dança ser um “nome artístico” no seu DRT. Mas não para muitas das mulheres que ainda carregam um toque de magia em tudo o que fazem. Ou que estão precisando fazer isso! A dança para muitas mulheres é apenas um momento de prazer entre tantas atividades diárias frustrantes. Esse momento precisa ser mágico.
Nesta proposta acadêmica, o batismo opcional acontece ao término de terceiro ano de curso. Embora ainda tenha pela frente no mínimo mais dois anos de estudo, com este tempo a aluna já está hábil a dançar, a apresentar-se publicamente, e por conta própria, respeitando a ética e os valores aprendidos. Como um ritual que diz a aluna: “daqui pra frente você não precisa mais ficar apenas nas apresentações das festas da escola...”, ou algo parecido. “Mas continua estudando. Porquê não acabou”. É importante a segurança de que já se sabe algo, de que se chegou em algum lugar, de uma estrela no peito. Para motivar a terrível descoberta que vem a seguir: que o aprendizado não acaba nunca. Como quando calcei minhas primeiras sapatilhas de ponta.

Estava implantado o método. Os frutos nasceram saudáveis. Mais que isso, os frutos são especialmente ricos. Raízes fortes crescem. Sementes férteis se multiplicam.

Hoje o método está presente em diversas escolas de diversas cidades em alguns estados e até mais, países! Será que posso falar em gerações? Alunas das alunas que foram alunas de Suheil. Que bênção!

Conheça algumas delas:

Shobam El Suheil (Representante em Brasília, DF),
Mahayla El Suheil (Representante em Aracaju, SE),
Julieta Camargo (Representante em Florianópolis,SC),
Jalilah El Suheil (Representante no Litoral Norte e Vale do Paraíba, SP),
Laialy Sahira, Aziza El Suheil, Samra El Suheil (Representantes em Ubatuba, SP),
Hafsa Farah (Representante em Caraguatatuba, SP),
Amara Zahira (Representante em Campinas, SP),
Rajaa Rafiq (Representante em Rio Claro e São Pedro, SP),
Nar El Suheil (Representante Austrália),
Aysel El Suheil (Representante em Madrid, Espanha)

e ainda...
Safi El Suheil, Kamra El Suheil, Najwah El Suheil, Mushtaree Maia, Shayna Sabbat, Samina Amal, Lina Kahina, Amira Zambak, Fahima Hayal, Warda, Nadima Ardah, Badi’a El Suheil, Shala Sharifa, Farhannah El Suheil, Dahab Perizad, Lyinaa Kareemah, Nyla Nefer, Sahira Sadiyah, Rayzel Hadiyah, Najma Khawala, Alika Mahaila, Khadija Hallemah, Samia Muneerah, Tahia Fathin e Layla Saide, entre outras.

Obrigada a todas vocês por acreditarem e confiarem em meu trabalho.

...

Assista ao vídeo promocional do novo Dvd !!
Ele será lançado junto com o livro da bailarina, este ano em rede nacional, comemorando os 10 anos do Método Acadêmico.


"Método Acadêmico Suheil de Dança do Ventre"



Reserve o seu !!!

* Participação especial das professoras Aziza, Jalilah e Samra El Suheil




LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...