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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Polemizando - Corpo de baile em Dança do Ventre


Bom, para não perder o hábito, vou dar uma polemizada por aqui. O assunto (título) em questão ficou bastante encasquetado na minha cabeça desde o último festival Shimmie e então hoje, segunda-feira padrão, resolvi desencasquetar, tirar as "agarras da língua". 

Sabendo que as polêmicas parecem ser a maior audiência em qualquer blog, vou logo criando então este novo Tag aqui no Blog, o "Polemizando". Você pode até dizer que estou ficando uma velha ranzinza, mas eu confesso: ultimamente tem muito tema que eu acho que vai caber como uma luva nesse Tag. E também têm outros posts mais antigos que poderiam entrar aqui...

Voltando. Foco. Sabe, tenho certa "embrulhez estomacal" com essa coisa de "o primeiro disso, o primeiro daquilo". Desde quando pioneirismo é sinônimo de alta qualidade? Aff, calma bailarinada! 


Quando alguém faz tal afirmação, pressupõe-se que a anunciante fez o seu dever de casa, consultando a veracidade de seus dizeres. Não? Ah, tá! Mas deveria. Porque daí você, que não é surdo, escuta um absurdo. O que você deve fazer então? 
Ficar quieta em prol da educação? 
Não falar nada para não se pseudo-indispor com outra colega? 
Ou dizer "não é não" e provar? 


Espero não estar sendo deselegante, mas já que polêmicas existem... tá aí mais uma! Rs...


O Corpo de Baile para dança do ventre está muito longe de ser um lançamento atual (anunciado "o do" e "no" festival Shimmie como o "primeiro corpo de baile de dança do ventre do Brasil") ... 


A não ser que voltemos no tempo, no mínimo para o ano de 2001, onde vos apresento uma peça chamada "A Sucessora". 


A peça "A Sucessora" criada em 2001 para o Mapa Cultural Paulista



E que fique bem claro desde já que não estou dizendo que o meu corpo de baile foi o primeiro! Mas, honestamente, não sei se existiu outro antes! Nunca tinha pensado nisso até então. Mas... se o paletó for meu, então eu vou vesti-lo na boa, né ué?!
















Quatro momentos do Corpo de Baile em ação

"A Sucessora" foi uma peça criada em 2001, especialmente concebida para o Mapa Cultural Paulista. A história escrita em detalhes teatrais. A narração inicial, a edição musical (10 anos atrás gentemmmm!), os figurinos, o cenário... Tudo pensado para uma apresentação a altura da que necessita, ou clama, um teatro do tamanho do Auditório Claudio Santoro aonde se realizariam diversas das apresentações. 



Tahia Fathiem interpreta a Deusa do Ar

A história claro, falava em Grande Mãe (aliás interpretada pela amada Nori - in memorian), Deusas, Sacerdotizas, O Lado Negro e tinha direito até a Fada!  
Foram utilizados diversos elementos cênicos, de vasos a uma liteira, com direito ao Trono da Grande Mãe, um tecido de 8 metros onde por detrás o corpo de baile executava diversas sombras... entre outras "inovações da época".

Dahab interpreta a Deusa da Água e entra em cena na sua liteira

A Sucessora dança com a Deusa do Ar - no fundo, corpo de baile interage com sombras

Infelizmente na época não tínhamos recursos tecnológicos acessíveis como hoje, restando como registro apenas algumas fotos. A filmagem, feita quase um ano depois, foi num palco pequeno e sem os recursos adequados para apresentação da peça, como iluminação, entradas laterais, etc... Pelo tamanho do palco, o corpo de baile também foi reduzido para apenas 05 integrantes. Feliz ou infelizmente, é a única filmagem existente.


A Sucessora

Cena final: Grande Mãe cede o trono para a Sucessora



A saber: O Suheil Dance Co. sempre trabalhou com as definições de primeira bailarina, solistas, convidadas de honra, suplentes e corpo de baile em sua formação, sendo o corpo de baile atuante e responsável cenicamente como em qualquer outra cia de dança clássica, de onde aliás, veio esta sua formatação.


Primeiro elenco oficial em 2001, diversas vezes modificado depois.

Curtam a filmagem meio esverdeada pelo tempo, mas aí presente para mostrar que certas idéias não cabem pioneiros, pois pertencem a dança desde que a dança existe! 
(Porém se cabem, que sejam os primeiros de verdade!)





E como diria meu querido Chacrinha, nada se cria, tudo se copia!!!!

Beijokas a todos!
Suheil

;)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Minha nova Diva - Yael


Muita gente me pergunta "Suheil, quem você estuda?".

Confesso que não sou fiel a nenhuma bailarina em especial, estudo todas e tudo, até mesmo aquilo que não gosto, no intuito de não fazê-lo; sim, aprendo muito também com o que pessoalmente considero "ruim" (gosto não se discute, ok?).

Das bailarinas da antiguidade nenhuma passa desapercebida por mim... e por todas as minhas colegas, creio eu! Rs... Então vou pular essa parte!

Mas e hoje, na atualidade, quem me encanta?

Eu particularmente AMO a Saida, até porque há anos atrás quando pouca gente usava sequências de arabesques, contratempos e grand battements na dança (e eu já o fazia desde que me conheço bailarina), quando as Superstars nem eram tão famosas no Brasil (era 2004 quando eu estava em Los Angeles e faturei a competição) e embora sejamos totalmente distintas em estilo, corpo e tudo o mais, tivemos uma identificação muito grande com a dança.

Mas ela era até então a minha ÚNICA bailarina argentina para quem eu "tiro o chapéu". Sim, eu disse ERA.

Bom, ano passado no Festival de Amir Thaleb, para o qual tive a honra de ser convidada para o "Super Gala Show", encontrei uma bailarina que me deixou encantada, apaixonada, deslumbrada e seiláoquemaisada...

Diferente de muitas argentinas que querendo ou não acabaram sendo classificadas como "Saida Clones" ou que querendo ser diferentes acabaram por criar uma interpretação corporal dos movimentos exagerada demais e uma leitura musical muitas vezes questionável... Essa moça além de originalíssima e talentosa, me proporcionou uma daquelas aulas que há muito tempo não me dava aquele T...ão mesmo!

A rapariga é o máximo. Fiquei enlouquecida com sua aula - não apenas eu! A moçoila em questão foi literalmente ovacionada no meio da aula, por apenas mais de 1000 alunas que estavam ali comigo, ao apresentar sequências coreográficas completamente originais e com uma força, simultâneamente delicada, uma expressão corporal única. Deu até dó da bichinha chorando de emoção no palco, com a atitude inesperada das alunas...

Sim, esta é minha nova Diva Pessoal e o nome dela é YAEL.

Num raro momento meu de tietagem, não resisti e fui pedir uma foto!
Precisava ficar pertinho dessa fofíssima miniatura de gente, bailarina gigante!

Ela é 1ª bailarina da Cia. e professora na escola do Amir Thaleb, e este ano (fui convidada de novo pro festival, uhu!) pretendo chegar uns dias antes, ou ficar uns dias depois, para poder fazer aulas com ela mais de pertinho, lá na linda escola do Amir - tarefa esta que ano passado as bailarinas que levei comigo para a abertura de meu show (Jalilah e Camila, espuletas!) não me deixaram realizar ; sim, como turistas loucas em Buenos Aires fomos passear, comer alfajores, tomar vinho (com direito a uma palhinha minha no tango com um bailarino local no Caminito que a danada da Jalilah filmou) e fazer compras - coisas que depois de 5 dias de festival das 9 da matina as 2 da madrugada direto em todas as aulas e shows, digamos, estávamos mesmo precisando!

Então está respondido! Yael é minha inspiração atual.
Procurei alguns videos dela na net e não achei muita coisa que demonstre de fato sua grandiosidade ao vivo... Mas, espero que curtam!




Aqui está um pouco longe, mas mostra a grandiosidade de sua presença cênica



Haja elegância...






Criativa e interpretativa...



E aqui num moderninho básico, porque nem só de Raqs Sahrqui se contrói uma bailarina...


;)

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Sobre estilos... dançando Aziza

Estava aqui filosofando...

Enquanto somos estudantes, tudo o que fazemos é motivo de elogio, por pior que seja, afinal estamos em crescimento, tudo é perdoável e aprendível. (existe essa palavra? rs...). Super natural optar por dançar aquela coreografia do dvd tal, de fulana. Afinal, comprei, estudei, evoluí... mas ainda não consigo "coreografar" sosinha. Tudo certo!

Daí nos tornamos profissionais. No início fatalmente acabamos pegando pra nós o estilo de outra bailarina, seja em trejeitos, na cópia de passos que consideramos estilosos, ou mesmo simplesmente porque sabemos que "seguindo a mestra", nossa chance de errar diminui.

Leva então algum tempo (bastante!) pra que a gente passe a usar aqueles movimentos que gostamos da nossa própria maneira, da forma como ele melhor se encaixa em nosso corpo, adaptando-os com nossa criatividade, seguindo a nossa opinião própria.
E aqui começam as severas críticas, pois é claro, você NUNCA irá agradar a todos.

Mas, do outro lado da balança... é aí que nasce o seu verdadeiro estilo!

Você então tem duas opções:
1- assumir este estilo como a sua dança e ir fundo naquilo que você acredita...
2- ou continuar eternamente sendo clone das sazonais bailarinas famosas, mudando aqui e ali conforme a moda atual.

Mas se a 2ª for a sua opção, por favor, não me venha daqui alguns anos perguntar: me dediquei tanto, porque nunca consegui "chegar lá"?
- Vou te responder agora!

Porque ninguém "chega lá" sendo cópia de alguém, nem mesmo que seja uma divertida colagem de diversas bailarinas...

Dança é arte. E arte não deve ter padrão! (ou ao menos não deveria...)

Eu, particularmente, quando assisto espetáculos de uma determinada casa e suas bailarinas padrão, fico feliz pelas primeiras que entram no palco - terão minha total atenção!
Da 3ª ou 4ª em diante... ai , que tédio! Me controlo pra não começar a conversar.
O mesmo movimento, no mesmo momento musical, com a mesma intensidade, com a mesma finalização. O mesmo trejeito só muda a face. A mesma dança só muda de corpo. Que pobreza...
E não é por falta de boa bailarina, pois elas tem técnica e são lindas.
Mas lhe faltam o que EU enxergo como essencial: ALMA de bailarina.

Quando você dança, sua dança é carregada de emoções, emoções estas que são SUAS, que dizem respeito a SUA história de vida. Impossível ser igual a de outra pessoa...

Vamos refletir um pouco sobre isso?
Estamos a beira de diversos concursos e competições de dança. Em diversos deles sou jurada. Daí você pergunta: o que agrada uma jurada?

Pode ter certeza que estamos atentas , sempre, a premiar não aquela que numa única coreografia imita todas as suas professoras mostrando que tem estudo... não basta!

Vamos premiar aquela que simplesmente emociona a todos ao dançar.
Aquela que quando entra no palco, está tão envolvida no que faz, que parece dizer a nós jurados "tô nem aí com você!" - porque esta sim, nasceu com personalidade para ser uma estrela!

ok... vou exemplificar o post de hoje com alguns vídeos que ao meu ver, conseguem mostrar BEM o que é ter estilo próprio, ao interpretar a mesma música: Aziza

Veja bem! Não estamos comparando quem é a melhor, PLEASE! Não é esta a proposta! É exatamente o oposto! Quero que vocês percebam como cada estilo pode tocar você de forma diferente - gostar ou não é só um detalhe, uma questão de dia, de momento, de humor, totalmente mutável...

Espero que curtam!
Se quiserem deixar seus comentários, será enriquecedor!


1ª - Naima Akef , que dispensa maiores comentários...




2ª - Aqui, a grande mestra Lulu em seu tão imitado estilo



3ª - A bela e competente Renata Lobo



4ª - Não poderia faltar uma russa : Yassmin




5ª - Nem poderia faltar uma turca




6ª - E eu, claro, dando minha cara a tapa pra vocês...




Bom...
Para que você agora possa criar a SUA versão de Aziza...

Uma última inspiração:
mix de bailarinas da Golden Era como Naima Akef, Samia Gamal, Taheia Carioka, Souher Zaki, Nagowa Foad e outras...


Aguardo seus comentários!
;)


Errata: A bailarina que coloquei como exemplo de turca, é na verdade a italiana Alessandra D'ambra - a música é que é cantada pela turca Hilal Cebeci ! Desculpem minha confusão, estava buscando estilos e a fonte que era apenas referência acabou sendo errada. Obrigada Malikat pela correção de forma super ética e muito bem vinda! - Malikat é a responsável pelos grupos de estudo linkados na lateral deste blog.

sábado, 19 de março de 2011

katy pra animar o sabadão!!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

II Natal Árabe

Já faz algum tempo que estou devendo esta postagem, acho até que as minhas pituchas potiguares devem até ter pensado que ela não vinha... Mas é só a correria da vidinha mesmo, emendando viagens e com pouco tempo pra relaxar por aqui. Não mais importa, cheguei!

Este ano estive em Natal em março, num evento que começou minha história com essas "pequenas" de uma forma inusitada. Não vou entrar nos detalhes (um mega show aula de como ser anti-ética na profissão) que levaram essas fofas a me procurarem, mas o que de positivo sobrou disso: adotei minhas novas "Pupilas Potiguares".

Elas organizaram uma "Imersão Suheil" (chique gente, Suheil agora em versão saquinho de chá!) focadas em re-aprender alguns temas do folcore que estavam digamos, deficitários...
mas acabamos por criar um laço de tamanha confiança, tão gostoso, tão forte, tão sadio... que as asas de Tia Suh se abriram para abrigar mais estas pequenas. "Unidas pela dança ataca novamente", pra quem conhece o slogan da minha Troupe.

Joelma, eu, Lu e Aini - Pituchas Potiguares (faltou Liginha!!!)

A imersão contou não apenas com os workshops, aulas, conselhos e bate papos deliciosos na padaria mais sensacional de Natal, como também com cursos gratuitos das competentes profissionais locais em seus mais variados estilos.

O mais fofo... (além das camisetas!) não entendí na hora quando falaram que eu não seria contratada pra dançar na festa, era só convidada... "Então tá", pensei.
Surpresa! Ao chegar, a festa era em minha homenagem e dançariam as bailarinas e grupos locais. A mim cabia apenas assistir, aplaudir, comer, beber ... e curtir! Chato né? Já viu isso?

Se eu queria voltar? Sempre!
Fui então convidada a ministrar e a dançar no II Natal Arabe.

Desta vez, mega evento! Resort 5 estrelas, buffet deliciosamente chiquérrimo, Tony Mouzayek e banda, mais, muito mais e tudo o que pede um evento de sucesso.
Essas meninas são mesmo corajosas...

a entrada do salão e o buffet delicioso

e o salão já quase bombando... depois não sobrou lugar nem em pé!!!

Muitos imprevistos aconteceram, incluindo o óbito do pai da Aini, a organizadora (já pensou??). Sem falar em boicotes sem fim que só quem está na estrada há algum caminho consegue acreditar que existem (mas sem nunca entender o porquê...). Pensa que essa pequena se abateu? Nada! Sacudiu a poeira e realizou em Natal um evento como aquela cidade nunca tinha visto antes!!! A alegria da galera era visível, gritante.
O sucesso foi estrondoso! Não há o que questionar.

O hotel, almoço reunido, painel do hotel, tudo de bom...

E o que eu faço aqui hoje? Queria agradecer.

Muitas vezes meninas em começo profissional nos pedem conselhos, até aí isto é normal. Mas uma coisa é você falar com aquela aluna que está com você semanalmente, faz tempo... E outra é lidar com profissionais que você encontra por pouco tempo em momentos vagos de workshops... As vezes não sabemos se podemos ser totalmente francas, tem gente que pergunta mas não quer ouvir a verdade. Tem gente que até se ofende! Mas então até que ponto você diz tudo aquilo que pensa e como resultado recebe... ????? Recebe o quê???

Eu recebi um presente, uma dádiva.

Ví Joelma solando sorrindo e confiante, sem ninguém perceber o nervosismo, o cansaço, e muito menos o stress que há irritava sem o resto do grupo alí com ela...

Parabéns Joelma, arrasou!

Ví Sayonara Brabuleta, minha liiiiindaaaaaa arrebentar com Tony (olha o "Fica Roxo", até ele cantou!) mostrando que pode SIM ser uma Estrela.

Ví Aini vencer o medo e se entregar em seu próprio estilo, nem contra-tudo e nem contra-todos, mas em paz com ela mesma. E arrebentando de sucesso!

Aini, linda e estilosa!

Ví Lú gritando de alegria, agitando na platéia, mesmo quando podia estar no palco. Não posso deixar de fora a Vivi que, não dançou mas, doou até a alma pra que o evento acontecesse.
Não dá pra falar de todas, perdõem... Mas dá pra falar de um grupo que ao ouvir e acatar minhas "insanidades", no fundo cresceu e amadureceu.

Obrigada meninas por deixarem a mestra dentro de mim aflorar com tamanha segurança, confiando e acreditando em meu trabalho. Obrigada acima de tudo por fazerem parte deste grupo tão amado que eu carinhosamente chamo de "Suheil Dance Troupe - Unidas pela dança".

Aqui, encerrando a Mostra de Dança com um Pop

Ôoopaaa! Quase, mas não teve como esquecer de Shahar, seu creme restaurador e suas mãos massageadoras dignas de uma fada... cuidaram tão bem de mim...

Bom, difícil dizer em palavras, o quanto momentos assim fazem a gente querer continuar, transformam em pequenos os demais momentos em que pensamos em desisitir ou simplesmente duvidamos de tudo...

Agradeço por almas tão iluminadas cruzarem a minha trajetória.
Tashi Delek

E pra acabar... um videozinho da minha participacão no encerramento do show.
Até 2011 Natal!!
Bjks
;)

domingo, 31 de janeiro de 2010

Suheil at New York in Bellydance fusion "Brasileirinho"

Enquanto não faço uma "reportagem completa" (rs...) dos bastidores do Bellydance Evolution, envio aqui ao menos o show no Je'Bom, com a apresentação do "brasileirinho" que eu havia prometido.

Valeu a força galera!

Bjkas de Nova York

Suheil

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Feliz, muito feliz...

Feliz, tão feliz , que quase sem palavras... Deixo a imagem falar por mim... Olha meu nomezinho aí no elenco...

E para arrebentar meu pequeno coração...
Esta semana Jillina me convidou para abrir o espetáculo com um solo no pré show... Ela escolheu a coreografia e convidou! Assim , simples :)
Vai ser esta aqui (já conhecida de alguns de vocês....)



E se ainda couber aqui dentro ...

Também estarei com show no Jebom, sim, lá em Nova York!!! Por lá já passaram Jillina, Thamalyn Dalal, Sharon Kihara, Kaeshi,... entre outras!

Se estou sonhando? Bom... acho que não, é real mesmo!
Mas, por garantia...
NEM PENSE em me acordar!!!

Embarco nesta quarta... UHU!!!

Bjkas,
Suheil

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Estrutura de uma aula acadêmica para Dança do Ventre

Método Acadêmico Suheil Dança do Ventre

A Estrutura de uma aula acadêmica para Dança do Ventre

- trecho extraído do livro da bailarina -

Quando decidimos fazer uma aula de ballet aqui no Brasil, em Nova Yorque ou na Rússia, tão certa quanto você deve usar sapatilha e coque, você sabe de uma forma atrevidamente certeira, o que irá enfrentar pela frente e as suas possíveis variações:
- O alongamento, que pode ser feito no centro ou na barra.
- Exercícios de repetição na barra : provavelmente uma sequência de pliés, depois outra de tendus, seguida de outra de degagés jetés, depois os frapés, os ronds de jambs par terre e os en lair, grand battemants, adaggio e finalmente os exercícios para trabalhar a abertura, sur la barre. Perdoem por favor meu francês quase analfabeto.
- Vamos ao centro e o começo será repetido de forma mais criativa e sem a barra para nos ajudar. Vamos então para os pequenos saltos, os allegros, os giros, adaggios agora também sem ajuda da barra...
- E seguimos pela diagonal com as valsas, os grandes saltos, os deboullés,...
- e por fim... uma reverense... e aplauso. Muito aplauso. Para o mestre e para nós, que saímos vivas de mais uma aula de ballet clássico.

É claro que você vai encontrar diferenças não apenas de uma escola para outra, de um professor para outro e também se o método aplicado for o russo Vaganova ou o inglês Royal o italiano ou outro ainda... mas mesmo com as diferenças e a criatividade aplicada pelo professor, existe uma base sólida na estrutura de aula que deve ser seguida. Por que? Muito simples: porquê funciona!

Anos se passaram e assim é constituída até hoje uma aula de ballet. Passam os anos, as dificuldades técnicas aumentam, o trabalho corporal evolui. A dança até moderniza-se. E a estrutura da aula continua a mesma. Sabe aquele ditado "Não se mexe em time que está ganhando"? Quem se atreve a questionar a funcionabilidade da estrutura de uma aula de ballet? Ninguém se atreve. Pode-se questionar a rigidez, a didática, o uso de piano ou do play back, assim como o carisma do professor. Mas que o método de ensino funciona, não há questionamento. E talvez por isso também, entre outras razões, o ballet é tido como uma dança acadêmica.

Estruturando uma aula de dança do ventre no formato acadêmico

Com o uso do "Guia didático" (do método acadêmico aqui proposto), que nos direciona no nível técnico a ser aplicado e nos passos a serem lecionados, basta apenas um redirecionamento para mudar todo o formato de uma aula de dança do Ventre.

Começamos com "Aquecimento e Alongamento". Músicas boas de serem ouvidas, sempre variadas, acordam nosso corpo para avisá-lo que um trabalho ali se inicia. A proposta aqui é conscientização.
Com uma sequência fácil porém abrangente, o importante aqui é variar pouco no floreio dos movimentos, para que a atenção esteja voltada para o trabalho que acontece no corpo e as sensações percebam a música. Pense: se for necessária uma visualização contínua para poder copiar o movimento, sua consciência não estará voltada para o seu corpo.

Os "Exercícios técnicos" servem para desenvolver, separadamente, a técnica individual de cada movimento. Através do estudo da anatomia deste movimento e de sua repetição consciente e ritmada, variando apenas na aceleração, é possível desenvolver e aperfeiçoar cada movimento.
Aqui serão estudados individualmente, basicamente os movimentos dos grupos Enérgicos e Ondulatórios. Pela característica natural dos movimentos, os dos grupos Deslocamentos e Giros, serão vistos no centro e nas diagonais.
Eles devem ser trabalhados na barra, com uso de contagem nos compassos de oito tempos, já iniciando a assimilação de lateralidade, ora começando pela direita, ora pela esquerda. Postura corporal e de braços é intensamente exigida. Como variação de aula, os exercícios técnicos podem ser trabalhados também de frente ao espelho.

Os "Exercícios de fortalecimento" irão preparar o nosso corpo, no sentido de condicionar os músculos e os tendões para as atividades corporais que serão desenvolvidas. Um exemplo: não se adquire uma meia ponta alta de um dia para o outro. Será necessário desenvolver os músculos do "peito do pé" e do tornozelo, para que estes possam te sustentar lá em cima, naturalmente, sem você precisar fazer força para isso. Assim como sua postura só ficará ereta sem esforço, se o seu abdômen for forte. Existe um processo para que você desenvolva a técnica dos movimentos e nele os exercícios de fortalecimento são fundamentais.
Utilizamos aqui técnicas específicas, como os exercícios do método Shahrazad, exercícios clássicos abdominais e para a lombar, por sua vez maquiados. Normalmente não é uma parte da aula muito admirada pelas alunas. Cabe então a utilização de músicas empolgantes e outros recursos de incentivo. Pode-se aproveitar por exemplo, para contar sobre as curiosidades que envolvem a cultura da dança, transformando este momento também em um instante cultural.

As "Combinações técnicas" são essenciais para o início do desenvolvimento da memorização das sequências, algo fundamental quando falamos em dança. Memorizar sequências é no mínimo, fundamental. Básico. Óbvio. Utilizando-se da contagem dentro dos compassos musicais, agregam-se alguns dos movimentos trabalhados nos exercícios técnicos, em pequenas combinações coreográficas. Essas combinações também começam ora pela direita ora pela esquerda, trabalhando a lateralidade e desenvolvendo a coordenação motora.
Principalmente nas combinações com os movimentos ondulatórios, se faz necessário que além da contagem musical, se estabeleçam conceitos de união dos movimentos baseados na leitura musical. Por exemplo: enquanto em um solo de percussão a pausa entre as batidas é presente e marcada facilitando a contagem e distinguindo os movimentos, em músicas mais melodiosas, típicas para os movimentos ondulatórios, essas pausas são discretas ou até inexistentes, proporcionando uma ligação nos movimentos, onde por vezes não se percebe aonde começou um e terminou o outro.
As combinações técnicas criam uma espécie de "arquivo de memória corporal". Em função disto, muitas vezes transformadas num repertório pessoal de sequências, uma vez embelezadas, serão posteriormente utilizadas para dançar também, e principalmente, de improviso.

Os "Giros e deslocamentos" fazem parte do que chamamos "aula no centro" ou seja, sem o auxílio da barra. Para que os giros possam ser desenvolvidos de forma correta para permitir um aumento gradativo de sua dificuldade, eles precisam ser aprendidos dentro da técnica clássica do ballet. Sem tirar nem pôr nos conceitos de eixo, "bater a cabeça", postura, braços, alavancas... Por quê? Pense: quem aprende a girar a ponto de fazer 32 fouettés em cima de uma sapatilha de ponta (traduzindo: 32 giros seguidos, sem parar, sobre uma única perna, do tipo mais difícil que possa existir, equilibrada numa pequena base de gesso espremendo a ponta de seus pés!) aprende a girar de qualquer forma. Para que reinventar a roda?
Para os deslocamentos, serão utilizados aqui os conceitos espaciais acadêmicos da Escola Russa Vaganova. O espaço cênico se divide em 8 pontos cardeais básicos, numerados de 1 até 8. Suas subdivisões incluem a letra a, exemplo:3, 3a, 4, 4a... Desta forma devem proceder os deslocamentos. Utilizando-se do espaço da sala de aula, são desenvolvidas as técnicas destes movimentos, atentos as posições espaciais, separadamente ou em forma de sequências e combinações técnicas.
As "Combinações Avançadas" assim como as "Combinações técnicas" são essenciais para o desenvolvimento da memorização. Possuem um caráter quase coreográfico. Utilizando-se da contagem dentro dos compassos musicais, aliada a leitura musical, unem-se movimentos trabalhados nos exercícios técnicos e nas pequenas combinações, somados aos deslocamentos e aos giros. Essas combinações também começam ora pela direita ora pela esquerda, trabalhando a lateralidade e desenvolvendo a coordenação motora. Deve-se aqui explorar a espacialidade, usando como aliado os pontos cardeais diagonais e frontais individuais e do espaço.
Momento propício do aprendizado para se praticar entradas e saídas de cena, seja para a entrada de outros grupos de alunas (o famoso "sair pela frente, correr as laterais e entrar por trás") ou para treino de posicionamento em cena.
Aqui deve ser explorada paralelamente `a contagem, uma visão didática de leitura musical. Estudar a composição musical e entender o porquê dos movimentos que ali se encaixam ou não. Momento propício para o estudo de composições clássicas em trechos, agregar o folclore e unir toda a técnica.

As "Diagonais" funcionam entre outros, como o maior percurso possível dentro de um espaço. Isso é geometria. Matemática. Pode-se então explorar o espaço em sua maior amplitude.
É o momento de fato de dançar. Usar de combinações coreográficas com a união de todas as técnicas, aliadas as combinações dos pontos referenciais de espaço - como os planos, as linhas e os pontos cardeais - fazendo uso de toda a cena, ocupando espacialmente todo o ambiente.
Os lados direita e esquerda são aqui trabalhados individualmente, na entrada, execução (que trabalha ambos) e saída.


O "Bailado" como o nome já diz, é o momento de trabalhar principalmente a interpretação. O bailado existiu na diagonal também, mas por sua dificuldade técnica, dificilmente houve emoção. Existe quem defenda que sorrir no palco e interpretar alegria seja a mesma coisa. Não concordo com a postura de mostrar os dentes feito boneca de cera para parecer que está sorrindo e confortável no palco!
Interpretar é aprender a sentir a música, apurar os ouvidos para que eles possam da mesma forma que levam os movimentos ao seu corpo, levar os sentimentos para as suas feições, para sua respiração, para os seus poros. Interpretar é com o corpo todo, não só com o rosto.
Então este é o momento de trabalhar improvisações sobre uma música favorita ou ao menos conhecida, imitar o professor ou bailarinas familiares dançando, usar de pantomima e de diversas outras técnicas que desenvolvam essencialmente, a interpretação.

Depois de tudo isso... alongar e relaxar. Compensar os músculos, compensar a curvatura da coluna de acordo com o trabalho desenvolvido. Relaxar é a palavra. Voltar os batimentos cardíacos para um local tranquilo. Uma música suave é muito bem vinda para sinalizar ao corpo e a mente que o trabalho corporal está chegando ao fim.

Uma "Reverense" é sempre calma e como o nome já diz, uma reverência ou um cumprimento, como agradecimento a mestra, ao público e a tudo o mais, anunciando a sua partida. Todo movimento deve ser ensaiado para ser elegante, e a reverência não fica de fora! Ela faz parte da prática diária.

E ao término, o agradecimento se demonstra em aplausos. Aplausos para a professora, aplausos para a aluna, aplausos para o conhecimento adquirido, aplauso pelo esforço e pela conquista. E também porque aplaudir também se aprende. Se você não aplaude, como espera ser aplaudida?

(...)
Alguns dos diferenciais fundamentais deste método, são a contagem e a preparação musical. Elas estão presentes em todos os momentos.
A preparação típica de quatro ou oito tempos musicais da dança clássica, é respeitada em todos os exercícios, desde o alongamento, passando pelo estudo das técnicas, até o término do aula. Como em qualquer aula de ballet (e quase nenhuma de dança do ventre), o movimento a ser executado é primeiro minuciosamente aprendido individualmente. Depois de estudado, é colocado numa contagem musical, encaixado numa sequência lógica para ser memorizado e só depois executado. Uma vez para cada lado. E respire antes de começar. Prepare-se, concentre-se.


O importante aqui é entender que o processo é desenvolver a consciência do movimento, para poder executá-lo corretamente.

Memorizado, o movimento é executado com maior atenção e consciência. Repetido, ele é alcançado tecnicamente. Executado tecnicamente com tranquilidade, ele consegue desenvolver estilo e deixa de ser imitado. Fluído naturalmente, o movimento é sentido; e só assim pode ser interpretado.

E isso é, honestamente, aprender a dançar.

domingo, 31 de maio de 2009

Workshop em Portugal

Olá pessoal que carinhosamente acompanha meu trabalho.

Faço uma pausinha por esta viagem maravilhosa entre Portugal e Espanha, que prometo dividir fotos e histórias em breve, apenas para contar que após a primeira passagem por Portugal, por sinal país encantador, com direito ao sucesso do Globo de Ouro de minha querida Erika Oliveira (parabéns lindinhaaaaaa!!), a presença acolhedora da poderosa Salete e muuuita coisa boa...

Com a super hiper mega blaster modelets Globo de Ouro 2009

E a super hiper mega blaster porto seguro Salete Star

Agora já estou na Espanha!


Estarei com Aysel El Suheil em Madrid (estou louca para saber como anda a minha super e orgulhosamente representante do método na Espanha), prometo trazer muitas novidades de Zambra de Granada (ok, é claro que depois ensino tudo pra vocês!) e uma alma flamenca encantada de Sevilla, entre outras.

Porém, para quem ainda não pode dançar comigo por aqui...

Estarei retornando a Portugal para um workshop aberto de dois dias.

A todas que por lá puderem estar e participar, serão quatro cursos, dois para iniciantes e dois para avançadas.

Acontece em Lisboa, dias 13 e 14 pela escola de dança Sétima Posição, organizado pelo super Marcos, que pode passar a vocês todas as informações.


Marcos, o mais recente parceiro

Abaixo o link para o blog deles para quem quiser
http://mandinga7posicao.blogspot.com/

Com saudades de todos, mas ainda querendo ficar mais um pouquinho no velho continente...

Muitas beijokas e até a volta!!
Suheil

domingo, 3 de maio de 2009

Bellydance Superstars - A qualificação

Existem certas lembranças, que não importa quanto o tempo já tenha passado, permanecem vivas em nossa memória em detalhes e sensações. A vida me foi maravilhosa, me presenteando com muitos destes momentos, todos eles únicos. Porém existe um em especial, que embora muitas pessoas me peçam para contar, guardo comigo como uma jóia preciosa: pois se o exibo aparento arrogância e se o guardo, assim o protejo. Sobre ele, descarto opiniões alheias, até porque só quem o viveu sabe de sua intensidade - no caso, apenas euzinha...

Mas hoje recebí mais um email me pedindo para contar esta história. Diferente de vários outros, sempre curiosos, algus indignados, outros pedindo o caminho, este me comoveu. Tinha amor. Amor pelo meu trabalho e uma profunda gratidão pelo que eu represento para esta pessoa, sem nunca nem mesmo tê-la conhecido pessoalmente. Então resolví escrever. Escrever para você que apoia meu esforço e minhas conquistas. Escrever pra você que vibra com minha alegria. Escrever pra você que me escreve com tanto carinho, enquanto me pergunto: aonde foi que te conquistei assim, apenas com minha dança? Obrigada.

The "Bellydance Superstars Search" night
ou
A noite em que uma cucaracha brasileira fez bonito na terra do Tio Sam

Na verdade tudo começou um pouquinho antes: no festival das escolas Luxor de 2003. Lá estava eu, estudando. Comigo duas mais que alunas, pituchas Bibi e Dê. Esta já seria uma história a parte, recheada de acontecimentos... mas vou direto ao final. No último dia do evento, na hora de assinar os certificados, vêm o convite de Sahra Saeeda (minha diva pessoal) para que eu grave com a cia dela um video em Los Angeles. Deixo esta parte hilária de meu comportamento comemorativo para as pitchucas contarem; não é sempre que a "mestra" pula que nem perereca moleca entre outros micos.... que bom que não lembro bem desta parte. Memória defensiva.

E lá estava eu em Los Angeles, janeiro de 2004. Ensaios de 12 horas (em inglês, claro) quando nem o fuso horário ainda estava em ordem, foi apenas o começo. Depois disso muita coisa (boa, ótima) aconteceu até o dia em que ouví falar pela primeira vez das Bellydance Superstars. Estava com Jillina na sua maratona hollywoodiana de shows cronometrados e ela, motorista mais que acelerada, com seu GPS me levando `a um mundo que eu não conhecia dentro da dança. "This is Hollywood baby..." Sahra viria a repetir esta frase pra mim em outro forte momento. "Isto é Hollywood querida. O mundo quer uma chance aqui!". Incrível o poder que Hollywood exerce sobre as pessoas, principalmente sobre os artistas. Mas este também seria outro enooooorme post.


Eu e a grande mestra Sahra Saeeda no primeiro dia de ensaio em Los Angeles

E então Roxxane, a dona de todas as chaves, promoter, colega, amiga, pessoa maravilhosa, generosa, especial,... (dá-lhe outro post!) me "apresentou" ao grupo de Miles Copeland, ex -promoter do The Police (que Sting a parte, eu já amava de paixão) e com o qual a identificação foi imediata. Tudo o que eu sempre acreditei que aconteceria com a dança do ventre no futuro, o formato de mega show, a produção, a valorização de estilos próprios, tudo! Existia então um grupo no formato com o qual eu sempre sonhei. Claro que só um roqueiro desta qualidade poderia tê-lo concebido. Amor imediato.

Com Roxxanne Shelby - friend and personal angel

E aí veio o convite para dançar no show da seleção. Eu? Não acredito! Seriam 12 concorrentes por noite, as quais as finalistas competiriam na final. Aqui cabe um parêntese: Não sei como foi a pré seleção, pois como eu estava como convidada dançando com Sahra Saeeda e com workshop marcado na escola aonde acontecia a pré seleção entre outras atividades, fui direto para a seleção, também como convidada. Posso só contar as curiosas, que o processo inteiro acrescentaria uma inscrição com video , se aprovado depois vêm uma audiência, se aprovada, só então a participação na seleção. Só esta "comida de etapa" já me deixou, confesso, realizada na terra do Tio Sam. Meu serviço estava sendo bem feito. Estava com orgulho de mim mesma!

Na primeira semana fui assistir a competição. A casa noturna em Hollywood, "Platinum Live" era puro luxo. Ambiente que só de estar ali já não podia manter meus dentes escondidos (quem conhece meu sorriso, sabe do que estou falando). O som, as luzes, o palco... e o show. Que show! Meu Deus, isso é uma seleção? Pra mim foi um dos melhores shows de dança do ventre que assistí em toda minha vida! Bailarinas como Princess Farhanna, Luchia, profis que trabalham com Jillina, com Suhaila Salimpour, meninas preparadíssimas! Sônia estava comigo em um workshop dias antes... e ainda não se sentia preparada. Imagina então o naipe das bailarinas! Foi um p... show!! A ganhadora da noite foi a Adoré, que entrou dando saltos mortais (além de muitos shimes) e hoje já está nos dvds do grupo. Daí me liguei que semana seguinte eu estaria alí. Frio na barriga.

18 de fevereiro - acordei menstruadíssima, com o corpo inchado, as pernas que mal ficavam em pé, que diriam me dar shimes fortes... ! Pensei em desistir. Péraí moçada, sou humana! A coreografia que eu vinha trabalhando há uma semana, minutada e escolhida especialmente para o evento, não me satisfazia mais. A coreografia não me agradava mais. Minha roupa estava apertada, minha barriga inchada. Chorei. Típica deprê de primeiro dia menstrual. Liguei pro meu amor, aqui no Brasil: que roupa eu uso? Liga pro Adinam, nosso amigo esotérico, vou de azul ou de rosa? Preciso dos astros a meu favor, já que tudo hoje, justo hoje, está contra mim. Claro que depois de um desabafo, tudo se acalmou. E pensei: Quer saber? Não devo nada a ninguém! Nunca uma cucaracha (eu ou outra!) vai ganhar alguma coisa numa competição americana em Holywood! Tô querendo o quê? Vai curtir sua boba!

E então eu abandonei tudo. Dane-se a coreografia, a música escolhida. Vou dançar com a minha alma, está decidido! Peguei o cd com minha música favorita (um Jerk), numa edição que eu tinha feito com Petito Balaha no final. Amo essa edição! Não faz mal que tem 2 minutos a mais que o permitido, não vou ganhar mesmo! A roupa? Nem azul nem rosa. Hoje estou a fim de usar a amarela. Chegamos pontualmente. No juri, bailarinas conceituadas, entre elas Laura (aquela do cd Laura in Ballady). Casa lotada. No camarim, um festival de bailarinas lindas e eu muito feliz por ser a quarta a dançar: assim também poderia assistir ao show!

Durante a entrevista, Miles uma simpatia, brincou e tirou sarro comigo. E eu com ele! Aff , sua sem noção! Será que podia brincar com o "Boss"? Agora já foi! As americanas são tão sérias. Ele riu muito. Deve ter sido legal. Melhor eu me concentrar. Sou a quarta a dançar.

Fiz minha parte. Não me pergunte muito, pois saí dançando sem hoje me lembrar muito do que eu fazia. Apenas deixei meu corpo e minha alma se entenderem por conta própria naquele momento tão mágico. Naquele palco perfeito, de luzes perfeitas, com som perfeito... eu dançando no primeiro mundo! Podia apenas ver o sorriso dos mais próximos, o combustível para minha alma dançar ainda mais feliz! Me lembro do brilho, da alegria, da emoção de poder estar alí. Só. E que logo depois que saí do palco, vestí a roupa e fui para a platéia aplaudir minhas colegas. Depois veio o show com o grupo de Zahra Zuhair e Miles subiu ao palco para chamar as vencedoras.

18 fevereiro, Platinum Live, at Bellydance Superstars Search

Eu bebia a minha coca cola diet com muito gelo pra abrandar um pouco minhas calientes emoções, quando Roxxy ao meu lado vira e diz:
- "Suheil, ele disse Suheil".
E respondí:
- "Imagina! Você ouviu errado!"
- "Ele chamou seu nome! Eu ouvi! Suheil."
- "Impossível."
- "Suheil, vai lá, é você!"
e foi assim que desacreditada corri esbaforida pelos corredores que levavam até o camarim, interrompida aos trancos por "congradulations" que surgiam das dez direções. Em um suspiro vestí o sutien, a saia, me enrolei no véu, sem pala, sem brinco ou qualquer outro acessório. E entrei no palco para ser entrevistada. Só me lembro de antes rogar a Deus que aquele homem não me pedisse para dançar ali, naquela hora... por nada não, só porque eu estava semi-nua por baixo do véu!

Olha a cara de feliz ...

E assim voltei pra casa de Roxxy naquela noite, com a sensação de ter conquistado toda a América. Mais que isso. De ter encontrado um local aonde minha dança mais que nunca havia sido valorizada. Valorizada por meu estilo acima de tudo! O mesmo estilo que por anos me gerou as mais duras críticas, hoje me presenteava com a glória de uma conquista: a qualificação pelos jurados e com isto a chance de um dia poder vir a ser uma integrante oficial das Superstars.

Dias depois, meu workshop estava cheio de profissionais. As mesmas que comigo competiram, estavam ali para me prestigiar e aprender comigo. E eu? Nossa, o quanto aprendí com elas! Acima de tudo, aprendí que profissionais podem sim dividir o mesmo espaço e somar ao invés de dividir. Se unir ao invés de atacar umas as outras. Prestigiar as diferenças ao invés de criticar quem não pertence ao seu padrão.

Cartaz do meu workshop e bailarinas americanas que estiveram lá.


E assim hoje divido este momento com vocês. Por que esta sou eu e é assim que meu coração fala, enquanto minha alma move o meu corpo em dança. Se eu sonho entrar para o grupo? Claro que sim, como não? Mas sonho principalmente com o dia em que as colegas irão parar de puxar o tapete uma das outras, inviabilizando realizações alheias. Não fosse assim, eu já estaria lá, representando nosso país e quem sabe trazendo outras de vocês para perto.

É. Já dizia a sábia frase de parachoque de caminhão: a inveja é uma merda. Mas obrigada a vocês que fazem meu trabalho crescer a cada dia, nos meus incansáveis passos de formiguinha.

É pra vocês que minha alma nunca se cansará de dançar... mesmo que apenas em volta de uma fogueira, sob o brilho da lua e a consistência do chão de areia da praia.



sábado, 28 de março de 2009

Quando só o tempo é capaz de provocar certas sensações...

Estive estes últimos dias em Ubatuba, uma cidade maravilhosa do litoral paulista. Foi nesta cidade que passei 8 anos de minha história pessoal... e lá estava eu entre outros motivos para avaliar um exame que ocorreia com as turmas do primeiro ano da escola de minha ex aluna, hoje profissional, Jalilah.
Uma honra estar nessa modesta banca, ao lado de Adriana Menezes, acadêmica em dança e que também foi banca em minha escola, quando Jalilah ainda era a pequena e talentosa Denise.

Do outro lado, prancheta em punhos, outra representante do método acadêmico, a professora Sahara, até poucos anos atrás, a diretora Jô, que achava que nesta encarnação jamais seria o que é hoje. O exame ocorreu como esperado... e no dia seguinte de novo... e não é sobre ele que quero escrever; mas sobre o que isso me causou: uma sensação completamente nova!

Um misto de me sentir... velha não, experiente... acima de tudo, realizada! As vezes me sinto tão nova para ser apresentada como "minha mestra". Outro misto de emoções: mestra, eu, tão novinha? Não seria pretensão? (O mestra ou o novinha? Ambos!).
Mas como descrever aquele que nos ensina eternamente com carinho tudo o que sabe? Eu chamaria de mestre. E se assim me chamam... devo agradecer o carinho, o respeito... e receber de coração aberto. Perdão as incomodadas (aquelas que metem a boca em bailarina chamada de mestra). Mestra Suheil é um barato! Mas ai, minha tintura pra cabelos...

De qualquer forma, foi uma experiência com a qual me peguei pensando neste sábado de deliciosa melancolia, antes da próxima viagem que se aproxima, atolada de bagunça ao meu redor... Estar ao lado das alunas daquelas que foram minhas alunas... cresceram por mim lapidadas e hoje lapidam de acordo com o que lhes foi passado... e assim virão as próximas. Parece aqueles filmes de gerações, sabe? ... e me pego com 70 anos... como será? Como estará a dança? Quantas escolas com método acadêmico existirão? Pretensão? Não ... sonho!
De bengalinha, eu apareço para mim mesma como Jane Blauth e sua varinha de bambú. Meu riso me desperta do cochilo. Que delícia! Acordar sim. Para esta vida real.

Porque estas realizações na vida da gente, só acontecem quando o tempo passa, impiedoso... mas trazendo o conforto de uma vida dedicada a algo que deu certo!

Obrigada Buddhas e Bodhisatvas, obrigada Deusas, obrigada Universo. Só pra começar a lista...

Ilustrando estas memórias...

Turma de 1999, hoje todas bailarinas.
Entre elas a representante do método em Floripa, Julieta


1999
Cristian Kelly, , Edy, Rosa, Nori, Julieta e Suely.
Debbie, eu e Potty.
Jalilah, em 2008
e há 10 anos, ainda uma menina...




hoje com seu grupo de dança

e em sua escola,
no dia do exame mencionado...


Exemplos de semente, de realização...

Multiplicadoras de uma vida dedicada a dança...

Que venham também as alunas de Shobam, Samra, Aziza, Amara, Farhannah ... e de todas as outras bailarinas maravilhosas que trilharam comigo este caminho!


Amo tudo isso!!!
(acho que já ouvi isso... rs...)


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