sábado, 28 de março de 2009

Quando só o tempo é capaz de provocar certas sensações...

Estive estes últimos dias em Ubatuba, uma cidade maravilhosa do litoral paulista. Foi nesta cidade que passei 8 anos de minha história pessoal... e lá estava eu entre outros motivos para avaliar um exame que ocorreia com as turmas do primeiro ano da escola de minha ex aluna, hoje profissional, Jalilah.
Uma honra estar nessa modesta banca, ao lado de Adriana Menezes, acadêmica em dança e que também foi banca em minha escola, quando Jalilah ainda era a pequena e talentosa Denise.

Do outro lado, prancheta em punhos, outra representante do método acadêmico, a professora Sahara, até poucos anos atrás, a diretora Jô, que achava que nesta encarnação jamais seria o que é hoje. O exame ocorreu como esperado... e no dia seguinte de novo... e não é sobre ele que quero escrever; mas sobre o que isso me causou: uma sensação completamente nova!

Um misto de me sentir... velha não, experiente... acima de tudo, realizada! As vezes me sinto tão nova para ser apresentada como "minha mestra". Outro misto de emoções: mestra, eu, tão novinha? Não seria pretensão? (O mestra ou o novinha? Ambos!).
Mas como descrever aquele que nos ensina eternamente com carinho tudo o que sabe? Eu chamaria de mestre. E se assim me chamam... devo agradecer o carinho, o respeito... e receber de coração aberto. Perdão as incomodadas (aquelas que metem a boca em bailarina chamada de mestra). Mestra Suheil é um barato! Mas ai, minha tintura pra cabelos...

De qualquer forma, foi uma experiência com a qual me peguei pensando neste sábado de deliciosa melancolia, antes da próxima viagem que se aproxima, atolada de bagunça ao meu redor... Estar ao lado das alunas daquelas que foram minhas alunas... cresceram por mim lapidadas e hoje lapidam de acordo com o que lhes foi passado... e assim virão as próximas. Parece aqueles filmes de gerações, sabe? ... e me pego com 70 anos... como será? Como estará a dança? Quantas escolas com método acadêmico existirão? Pretensão? Não ... sonho!
De bengalinha, eu apareço para mim mesma como Jane Blauth e sua varinha de bambú. Meu riso me desperta do cochilo. Que delícia! Acordar sim. Para esta vida real.

Porque estas realizações na vida da gente, só acontecem quando o tempo passa, impiedoso... mas trazendo o conforto de uma vida dedicada a algo que deu certo!

Obrigada Buddhas e Bodhisatvas, obrigada Deusas, obrigada Universo. Só pra começar a lista...

Ilustrando estas memórias...

Turma de 1999, hoje todas bailarinas.
Entre elas a representante do método em Floripa, Julieta


1999
Cristian Kelly, , Edy, Rosa, Nori, Julieta e Suely.
Debbie, eu e Potty.
Jalilah, em 2008
e há 10 anos, ainda uma menina...




hoje com seu grupo de dança

e em sua escola,
no dia do exame mencionado...


Exemplos de semente, de realização...

Multiplicadoras de uma vida dedicada a dança...

Que venham também as alunas de Shobam, Samra, Aziza, Amara, Farhannah ... e de todas as outras bailarinas maravilhosas que trilharam comigo este caminho!


Amo tudo isso!!!
(acho que já ouvi isso... rs...)


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