sábado, 5 de dezembro de 2009

Dando um "hello"...

Olá galerinha que acompanha o blog!

Vocês já devem ter percebido como estou meio sumida e naturalmente o blog um pouco (para não dizer completamente) abandonado. Mas confesso que é por um bom motivo:

Após o término do festival da Luxor (maravilhoso por sinal!) fui convidada a dançar com Jillina em Nova York, agora em janeiro! Isso deu uma guinada nos meus projetos... precisei correr atrás de novo visto e tudo o mais que implica uma ida para fora a trabalho (ainda mais na terrinha do Tio Sam!). Sem falar na natural correria de fim de ano...

Para completar o lançamento do novo dvd está "bombando", muuuuitos pedidos... e eu sem minhas assitentes : Jalilah com sua escola e seu grupo estourando de sucesso mal dorme também e Mahayla gravidíssima - ambas precisaram de um tempo como minhas assistentes, me deixando sosinhas com todos os pedidos, respostas, coisas do livro...
Acha pouco? Ainda têm a viagem para o México agora no fim do ano...

Galera... tô doidinha!! Não tenho tempo nem de respirar com o treinamento intensivo (tô me achando Daiane dos Santos) de aulas, alongamentos e treinos nescessários para a saída desta turnê tão sonhada... e super exigente no nível profissional. Sem falar no trabalho paralelo com Jillina que só posso contar o que vai acontecer no ano que vêm! Grandes novidades...
Desculpe, terão que esperar... hihihi

Sei que estou atrasada com as notícias, com o site novo (prometo que antes de viajar ele estará mais completo!) com a matéria da bailarina do mês (passado, ai!) Julieta Furtado de Floripa e muito mais!
Mas precisei focar nestes projetos tão intensos que se abriram para mim em 2010.

Conto com a compreensão e o apoio de vocês!
Assim que possível começo a postar por aqui de novo, inclusive contando tudo que acontece lá nas terrinhas extrangeiras.


Por enquanto deixo aqui a agenda pra quem quizer estar me encontrando:

Dia 13 de dezembro
Shows no evento "Oriente A Mulher e o Sonho"
de Ályyta Suhair
Associação Aichi do Brasil
Rua Santa Luzia, 74 (metrô Liberdade)
Info: (11) 2989.7223 ou 7388.4922

Dia 15 de dezembro
Show no Maevah - Aniversário do querido Tony Mouzayek
Rua Atilio Inocenti, esquina com Av. Juscelino Kubitchek
Itaim Bibi
reservas (11) 3044.6222



Dias 19 e 20 de dezembro

Workshops e show em Ubatuba, SP
pelo espaço Jalilah Raqs
Teatro Santa Fé
info e inscrições (12) 3833.3455


De 27 de dezembro a 8 de janeiro
México - Puerto Vallarta

De 11 a 16 de janeiro
I Summer Ballet
Organização RV Promoções
Workshops diários em São Paulo - 5 temas
Info e inscrições:
(11) 3222.5158 e 3222.3219
site da RV Promoções
Programação dos cursos com Suheil


A paritr de 19 de janeiro
Bellydance Evolution New York

Agradeço desde já a todos que apreciam meu trabalho, acompanham minhas conquistas e torcem por mim... Sem vocês nada disso seria possível!

Nos vemos em breve!

Com todo amor,
Suheil

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Convidando...

E´cheia de orgulho e com muito carinho que venho convidar a todos para participar deste momento mágico!
Aguardo vocês lá!!

Bjkas,
Suheil

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Mala de bailarina X Peso da cia aérea


Já ouviu a expressão colocar São Paulo dentro de Carapicuíba? É mais ou menos assim toda vez que saio para viajar. Simplesmente ODEIO esta parte da profissão.

Está se julgando uma mulher super ultra básica enquanto eu, a perua, não sou?

Então vamos brincar.
Proponho a seguinte experiência: Você agora é a bailarina e professora saindo em viagem de trabalho. Coloque sobre a sua cama tudo o que você gostaria de levar.
Vou ajudar com uma lista de eventos, ok? Anota ai:

- Trajes de show para 8 apresentações que incluem o da egípcia Randa Kamel (sou convidada), ao vivo com Tony, casamento, eventos de fim de ano de escolas e começo de ano no México... (você não vai ficar repetindo traje em show grande, né???)
- Trajes para workshops a serem lecionados (e todo o material de cds, apostilas, etc que contém os meus cursos)
- e também para os que farei na Luxor (4 dias consecutivos), mais os com meu tempo com Jillina.
- Secador, chapinha, maquiagens (completa, viu? cílios inclusos) véus, acessórios, bijouterias... (vou facilitar em não levar o aplique desta vez!).
- Sapatilhas (de aula, de salto, tênis).
- Material de divulgação: bunner, postais e cartões
- Material mínimo de venda : meus dvds, cds, apostilas,... (desta vez deixo de fora os macacões, véus, trajes, etc, pois nessa mala sei que não vão caber!)
- Lap top, ipod, câmera, caixinha de som para ensaios
- o yoga pad inseparável de aquecimentos em coxias, chãos de hotel e similares.

Acabou? claro que não!
Você é um ser humano e nem só de traje e macacão se sobrevive.

Então agora põe aí:
- Roupas de gente normal para 70 dias (sim, você só volta em janeiro!).
roupas íntimas, roupas do cooper matinal, roupa do dia, da noite, pijaminha, chinelinho, sapatinhos baixo, de salto... Detalhe: no caminho temos o Natal, o Reveillon e o aniversário de alguém muito importante. É claro que as bijoux de show você não vai sair usando na rua, então não esqueça dos acessórios pessoais.

Acabou? Ufa! Agora olhe a cama. Provavelmente ela está lotada!

Aí vêm a parte mais legal do jogo:
Coloque tudo isso numa mala com no máximo 23 kg , senão você vai gastar todo o seu pagamento em exesso de peso (que em avião é ultra salgado!).

Conseguiu? Não, é claro.
Tudo bem, era só um jogo. Não se decepcione! Tento há anos...

Tente de novo!
O que fazer? Comece a devolver para o armário, aquilo que REALMENTE você pode viajar sem.
Tire os luxos primeiro. Depois diminua o número de sapatos. Capriche na escolha do desodorante na corrida matinal e use a mesma roupa 2 vezes. Começou a ficar irritada? Calcule exatamente qual traje você usa aonde e descubra que não dá pra tirar nenhum. Idem com as roupas de aula e material de trabalho (afinal, esta é a razão da viagem!). Então... Decida-se por apenas um vestido de festa e ignore quando todos repararem nisso.
Tente novamente fazer a mala.

Ainda não deu?
Diminua então as roupas. Nunca ouviu falar em lavar roupa na pia do hotel? Deixa um pijama só, você vai dormir sosinha mesmo (se não, também não vai precisar dele :)

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA
(isso foi um longo e primal grito!)

Gostou da brincadeira? Como foi a sua experiência?

Bom...
No mínimo você acabou de descobrir porquê estará me vendo sempre vestida com a mesma roupa em cada temporada... (Tá Niza??? hehehe)

... E também porquê eu não trouxe nem pra mamãe aquela lembrancinha tão pequenininha que ela insiste acreditar que cabe na mala!

sábado, 31 de outubro de 2009

Obrigada a fãs, admiradores, críticos e afins.

Na minha caminhada matinal de hoje* me dei conta que as vezes pequenos carinhos precisam ser retribuídos. E me peguei em falta com aquelas pessoas mais do que importantes, vitais para a sobrevivência e continuidade do meu trabalho. Quem são? Vocês que acompanham meu trabalho, admiram, criticam, enfim, fazem com que ele exista!!

Neste últimos meses encontrei alguns de vocês (danadinhos!) enquanto navegava aqui na net...

Então...
Ainda em tempo de agradecer...

Obrigada a fã Niza pela linda homenagem prestada no site da Central Dança do Ventre.
http://www.centraldancadoventre.com.br/bailarina-homenageada/443-suheil

Gracias a Meldelen del "Bellydance Spirit" por la citación
http://bellydancespirit.blogspot.com/2008/10/laialy-suheil.html

Obrigada a Amar El Binnaz pela qualificação de "Diva" (que honra!) e pela crítica súper honesta ao dvd "Coreografia Pop".
http://amarelbinnaz.blogspot.com/2009/06/divas-da-terra-brasilis-suheil.html
E também pelo elogio ao trabalho com o programa na tv
http://amarelbinnaz.blogspot.com/search/label/Suheil

Obrigada a Célia do "Dança do Ventre Brasil" pela menção.
http://www.dancadoventrebrasil.com/2009/06/suheil.html#comments

Obrigada a SuperAtiva por indicar meus vídeos
http://superativa.blogspot.com/2009/07/danca-do-ventre-com-layaly-suheil.html


Perdõem outras postagens que não estão aqui, mas estas encontrei recentemente e gostaria então de agradecer de coração a todos vocês que dedicaram seu precioso tempo reconhecendo de forma positiva o meu trabalho.

OBRIGADA !!


São atitudes como estas que fazem a gente querer seguir em frente.
Saber que não estamos sós nesta caminhada.



OM MUNI MUNI MAHA MUNI SHAKIA MUNI SOHA



*Só pra matar de inveja: hoje a maré estava baixa, o que deixa a mãe natureza em estado de graça! Os golfinhos que somam um paraíso a parte, hoje estavam mais que inspirados. Dois filhotes surfavam nas ondas e depois pulavam atrás das Tainhas, saíndo inteirinhos da água duas a três vezes seguidas, uma onda depois da outra. Pareciam mesmo duas crianças brincando num sábado de sol. E o resto da família passeando...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Caravana rumo a Luxor

Quem me conhece sabe que a palavra "estudar" é cotidiano pra mim. Costumo dizer que no mínimo a gente aprende o que não deve fazer. Sou daquelas que não perde uma boa oportunidade de estar aprendendo coisas novas . Sendo assim, frequento o festival da Luxor desde que trouxeram Delilah, há uns bons 10 anos atrás.

Com o tempo, consegui carregar comigo duas inseparáveis alunas, que inclusive puderam prestigiar meu "momento perereca" ao receber o convite de Sahra Saeeda para ir gravar um video com ela em Los Angeles, viagem esta que me rendeu entre outras, a história com BDSStars e a amizade com Jillina.

Depois outros festivais vieram, mas nunca com um grupo consistente de verdade me acompanhando. Apenas uma daqui, outra dalí...
Mas este ano a sementinha plantada parece finalmente florescer. Com a coreografia do ballet oriental (Moucha'te Andaluzia), conseguimos juntar parte do grupo Jalilah Raks (Jalilah, Emely, Camila e Lina Kahina que vem lá de Paraty!) com o Espaço Silvia Martinez (Samina Amal, Shaina Sabbat e Warda Zein). De presente ainda veio Laialy Sahara com a turma da Fundart.
Amara Zahira despencou lá de Campinas para participar...


Grupos Jalilah Raqs e Silvia Martinez unidos em "Moucha'ate Andaluzia", coreografia de Suheil.


Lailaly Sahara e as meninas da Fundart (Martha e Sabrina) aguardam uma vaga para poder dançar também... mas estarão lá com a gente - junto com Amara Zahira, que vêm de Campinas.

Essa Noite da Amizade promete!
Para aplaudir (porque desta vez não dançam...) vão: Sheila de São Sebastião e as agregadas de Ubatuba - super Niza, Maria Eugenia, Isabela, Marina e Martha com a pequena grande Sabrina.


Nessa foto Niza, Isabela, Marina e gang da Jalilah comigo e Tony no Maeevah - (desculpem, não tinha outra de vocês! rs...)


Acabou? Acabou não...!! Vêm Mahayla de Aracaju (carregando mais um na barriga!) e pelo caminho abraçamos Diana de Brasília (lembram dela?). Ui! Acho que não esquecí ninguém...

E ainda dá tempo de entrar quem ficou de fora!

... todas torcendo por Jalilah que vai encarar a "Noite da Conquista" !!



Jalilah, a pupila que vai encarar a "Noite da Conquista". No juri, Randa Kamel, Yousry Sharif, Amir Thaleb e Jillina. Dá pra ficar nervosa mesmo... mas ela manda muito bem!



Queria deixar aqui registrado a imensa alegria que estou sentindo em ter este grupinho de feras indo comigo a Luxor este ano! Ter todas vocês reunidas é realmente a realização de algo que há muito meu coração pedia.

Nasce a "Suheil Dance Troupe". Só os primeiros passos de uma longa e estrelada jornada.

(kkkkkkkkkk isso ainda vai render história...)
* e sintam-se convidadas para chegar na caravana todas as minhas pupilas!!


Valeu Meninas!!



já somos 18!!






sábado, 26 de setembro de 2009

Shobam El Suheil - Bailarina homenageada do mês


Shobam El Suheil
A pupila em Brasilia

- Bailarina homenageada de outubro -









Minha pequena Jade. Pedra preciosa que literalmente lapidei com muito carinho e compreensão. Nossos momentos são inesquecíveis.



Possui uma visão de mundo por um ângulo"psico-seniase", sua presença e beleza acalmam até o mais perturbado espírito. Esta é a sua grande troca.

Portadora de meus segredos mais secretos é amiga, companheira de shows, de aulas, de crescimento, de diálogos, de arguile e de sonhos.

Acreditou desde o início na aplicação desta didática. Foi aluna, estagiária, trainee.
Uma das primeiras professoras em minha escola.

Shobam em show pela Suheil Dance Co. em 2003

Suas performances cativam até o espectador mais distraído e suas alunas refletem sua competência em ensinar . Bailarina de estilo forte e marcante. Professora exigente e divertida. Única.

Jade El Suheil – Shobam El Suheil
Orgulho de ter você como uma Profissional Método Acadêmico !!!


Shobam El Suheil é bailarina e professora, representante do Método Acadêmico em Brasilia, DF.




quarta-feira, 16 de setembro de 2009

A Estrutura de uma aula acadêmica para Dança do Ventre

Método Acadêmico Suheil Dança do Ventre

A Estrutura de uma aula acadêmica para Dança do Ventre

- trecho extraído do livro da bailarina -

Quando decidimos fazer uma aula de ballet aqui no Brasil, em Nova Yorque ou na Rússia, tão certa quanto você deve usar sapatilha e coque, você sabe de uma forma atrevidamente certeira, o que irá enfrentar pela frente e as suas possíveis variações:
- O alongamento, que pode ser feito no centro ou na barra.
- Exercícios de repetição na barra : provavelmente uma sequência de pliés, depois outra de tendus, seguida de outra de degagés jetés, depois os frapés, os ronds de jambs par terre e os en lair, grand battemants, adaggio e finalmente os exercícios para trabalhar a abertura, sur la barre. Perdoem por favor meu francês quase analfabeto.
- Vamos ao centro e o começo será repetido de forma mais criativa e sem a barra para nos ajudar. Vamos então para os pequenos saltos, os allegros, os giros, adaggios agora também sem ajuda da barra...
- E seguimos pela diagonal com as valsas, os grandes saltos, os deboullés,...
- e por fim... uma reverense... e aplauso. Muito aplauso. Para o mestre e para nós, que saímos vivas de mais uma aula de ballet clássico.

É claro que você vai encontrar diferenças não apenas de uma escola para outra, de um professor para outro e também se o método aplicado for o russo Vaganova ou o inglês Royal o italiano ou outro ainda... mas mesmo com as diferenças e a criatividade aplicada pelo professor, existe uma base sólida na estrutura de aula que deve ser seguida. Por que? Muito simples: porquê funciona!

Anos se passaram e assim é constituída até hoje uma aula de ballet. Passam os anos, as dificuldades técnicas aumentam, o trabalho corporal evolui. A dança até moderniza-se. E a estrutura da aula continua a mesma. Sabe aquele ditado "Não se mexe em time que está ganhando"? Quem se atreve a questionar a funcionabilidade da estrutura de uma aula de ballet? Ninguém se atreve. Pode-se questionar a rigidez, a didática, o uso de piano ou do play back, assim como o carisma do professor. Mas que o método de ensino funciona, não há questionamento. E talvez por isso também, entre outras razões, o ballet é tido como uma dança acadêmica.

Estruturando uma aula de dança do ventre no formato acadêmico

Com o uso do "Guia didático" (do método acadêmico aqui proposto), que nos direciona no nível técnico a ser aplicado e nos passos a serem lecionados, basta apenas um redirecionamento para mudar todo o formato de uma aula de dança do Ventre.

Começamos com "Aquecimento e Alongamento". Músicas boas de serem ouvidas, sempre variadas, acordam nosso corpo para avisá-lo que um trabalho ali se inicia. A proposta aqui é conscientização.
Com uma sequência fácil porém abrangente, o importante aqui é variar pouco no floreio dos movimentos, para que a atenção esteja voltada para o trabalho que acontece no corpo e as sensações percebam a música. Pense: se for necessária uma visualização contínua para poder copiar o movimento, sua consciência não estará voltada para o seu corpo.

Os "Exercícios técnicos" servem para desenvolver, separadamente, a técnica individual de cada movimento. Através do estudo da anatomia deste movimento e de sua repetição consciente e ritmada, variando apenas na aceleração, é possível desenvolver e aperfeiçoar cada movimento.
Aqui serão estudados individualmente, basicamente os movimentos dos grupos Enérgicos e Ondulatórios. Pela característica natural dos movimentos, os dos grupos Deslocamentos e Giros, serão vistos no centro e nas diagonais.
Eles devem ser trabalhados na barra, com uso de contagem nos compassos de oito tempos, já iniciando a assimilação de lateralidade, ora começando pela direita, ora pela esquerda. Postura corporal e de braços é intensamente exigida. Como variação de aula, os exercícios técnicos podem ser trabalhados também de frente ao espelho.

Os "Exercícios de fortalecimento" irão preparar o nosso corpo, no sentido de condicionar os músculos e os tendões para as atividades corporais que serão desenvolvidas. Um exemplo: não se adquire uma meia ponta alta de um dia para o outro. Será necessário desenvolver os músculos do "peito do pé" e do tornozelo, para que estes possam te sustentar lá em cima, naturalmente, sem você precisar fazer força para isso. Assim como sua postura só ficará ereta sem esforço, se o seu abdômen for forte. Existe um processo para que você desenvolva a técnica dos movimentos e nele os exercícios de fortalecimento são fundamentais.
Utilizamos aqui técnicas específicas, como os exercícios do método Shahrazad, exercícios clássicos abdominais e para a lombar, por sua vez maquiados. Normalmente não é uma parte da aula muito admirada pelas alunas. Cabe então a utilização de músicas empolgantes e outros recursos de incentivo. Pode-se aproveitar por exemplo, para contar sobre as curiosidades que envolvem a cultura da dança, transformando este momento também em um instante cultural.

As "Combinações técnicas" são essenciais para o início do desenvolvimento da memorização das sequências, algo fundamental quando falamos em dança. Memorizar sequências é no mínimo, fundamental. Básico. Óbvio. Utilizando-se da contagem dentro dos compassos musicais, agregam-se alguns dos movimentos trabalhados nos exercícios técnicos, em pequenas combinações coreográficas. Essas combinações também começam ora pela direita ora pela esquerda, trabalhando a lateralidade e desenvolvendo a coordenação motora.
Principalmente nas combinações com os movimentos ondulatórios, se faz necessário que além da contagem musical, se estabeleçam conceitos de união dos movimentos baseados na leitura musical. Por exemplo: enquanto em um solo de percussão a pausa entre as batidas é presente e marcada facilitando a contagem e distinguindo os movimentos, em músicas mais melodiosas, típicas para os movimentos ondulatórios, essas pausas são discretas ou até inexistentes, proporcionando uma ligação nos movimentos, onde por vezes não se percebe aonde começou um e terminou o outro.
As combinações técnicas criam uma espécie de "arquivo de memória corporal". Em função disto, muitas vezes transformadas num repertório pessoal de sequências, uma vez embelezadas, serão posteriormente utilizadas para dançar também, e principalmente, de improviso.

Os "Giros e deslocamentos" fazem parte do que chamamos "aula no centro" ou seja, sem o auxílio da barra. Para que os giros possam ser desenvolvidos de forma correta para permitir um aumento gradativo de sua dificuldade, eles precisam ser aprendidos dentro da técnica clássica do ballet. Sem tirar nem pôr nos conceitos de eixo, "bater a cabeça", postura, braços, alavancas... Por quê? Pense: quem aprende a girar a ponto de fazer 32 fouettés em cima de uma sapatilha de ponta (traduzindo: 32 giros seguidos, sem parar, sobre uma única perna, do tipo mais difícil que possa existir, equilibrada numa pequena base de gesso espremendo a ponta de seus pés!) aprende a girar de qualquer forma. Para que reinventar a roda?
Para os deslocamentos, serão utilizados aqui os conceitos espaciais acadêmicos da Escola Russa Vaganova. O espaço cênico se divide em 8 pontos cardeais básicos, numerados de 1 até 8. Suas subdivisões incluem a letra a, exemplo:3, 3a, 4, 4a... Desta forma devem proceder os deslocamentos. Utilizando-se do espaço da sala de aula, são desenvolvidas as técnicas destes movimentos, atentos as posições espaciais, separadamente ou em forma de sequências e combinações técnicas.
As "Combinações Avançadas" assim como as "Combinações técnicas" são essenciais para o desenvolvimento da memorização. Possuem um caráter quase coreográfico. Utilizando-se da contagem dentro dos compassos musicais, aliada a leitura musical, unem-se movimentos trabalhados nos exercícios técnicos e nas pequenas combinações, somados aos deslocamentos e aos giros. Essas combinações também começam ora pela direita ora pela esquerda, trabalhando a lateralidade e desenvolvendo a coordenação motora. Deve-se aqui explorar a espacialidade, usando como aliado os pontos cardeais diagonais e frontais individuais e do espaço.
Momento propício do aprendizado para se praticar entradas e saídas de cena, seja para a entrada de outros grupos de alunas (o famoso "sair pela frente, correr as laterais e entrar por trás") ou para treino de posicionamento em cena.
Aqui deve ser explorada paralelamente `a contagem, uma visão didática de leitura musical. Estudar a composição musical e entender o porquê dos movimentos que ali se encaixam ou não. Momento propício para o estudo de composições clássicas em trechos, agregar o folclore e unir toda a técnica.

As "Diagonais" funcionam entre outros, como o maior percurso possível dentro de um espaço. Isso é geometria. Matemática. Pode-se então explorar o espaço em sua maior amplitude.
É o momento de fato de dançar. Usar de combinações coreográficas com a união de todas as técnicas, aliadas as combinações dos pontos referenciais de espaço - como os planos, as linhas e os pontos cardeais - fazendo uso de toda a cena, ocupando espacialmente todo o ambiente.
Os lados direita e esquerda são aqui trabalhados individualmente, na entrada, execução (que trabalha ambos) e saída.


O "Bailado" como o nome já diz, é o momento de trabalhar principalmente a interpretação. O bailado existiu na diagonal também, mas por sua dificuldade técnica, dificilmente houve emoção. Existe quem defenda que sorrir no palco e interpretar alegria seja a mesma coisa. Não concordo com a postura de mostrar os dentes feito boneca de cera para parecer que está sorrindo e confortável no palco!
Interpretar é aprender a sentir a música, apurar os ouvidos para que eles possam da mesma forma que levam os movimentos ao seu corpo, levar os sentimentos para as suas feições, para sua respiração, para os seus poros. Interpretar é com o corpo todo, não só com o rosto.
Então este é o momento de trabalhar improvisações sobre uma música favorita ou ao menos conhecida, imitar o professor ou bailarinas familiares dançando, usar de pantomima e de diversas outras técnicas que desenvolvam essencialmente, a interpretação.

Depois de tudo isso... alongar e relaxar. Compensar os músculos, compensar a curvatura da coluna de acordo com o trabalho desenvolvido. Relaxar é a palavra. Voltar os batimentos cardíacos para um local tranquilo. Uma música suave é muito bem vinda para sinalizar ao corpo e a mente que o trabalho corporal está chegando ao fim.

Uma "Reverense" é sempre calma e como o nome já diz, uma reverência ou um cumprimento, como agradecimento a mestra, ao público e a tudo o mais, anunciando a sua partida. Todo movimento deve ser ensaiado para ser elegante, e a reverência não fica de fora! Ela faz parte da prática diária.

E ao término, o agradecimento se demonstra em aplausos. Aplausos para a professora, aplausos para a aluna, aplausos para o conhecimento adquirido, aplauso pelo esforço e pela conquista. E também porque aplaudir também se aprende. Se você não aplaude, como espera ser aplaudida?

(...)
Alguns dos diferenciais fundamentais deste método, são a contagem e a preparação musical. Elas estão presentes em todos os momentos.
A preparação típica de quatro ou oito tempos musicais da dança clássica, é respeitada em todos os exercícios, desde o alongamento, passando pelo estudo das técnicas, até o término do aula. Como em qualquer aula de ballet (e quase nenhuma de dança do ventre), o movimento a ser executado é primeiro minuciosamente aprendido individualmente. Depois de estudado, é colocado numa contagem musical, encaixado numa sequência lógica para ser memorizado e só depois executado. Uma vez para cada lado. E respire antes de começar. Prepare-se, concentre-se.


O importante aqui é entender que o processo é desenvolver a consciência do movimento, para poder executá-lo corretamente.

Memorizado, o movimento é executado com maior atenção e consciência. Repetido, ele é alcançado tecnicamente. Executado tecnicamente com tranquilidade, ele consegue desenvolver estilo e deixa de ser imitado. Fluído naturalmente, o movimento é sentido; e só assim pode ser interpretado.

E isso é, honestamente, aprender a dançar.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Novidade - Coluna no Jornal da Pipa

Olá galera que frequenta o blog!

Ando por um período um pouco sumida da net... na verdade tirei "umas férias" para organizar a vida pessoal. Chegada de viagem, mudança... Mas não parei não! Venho dividir com vocês as últimas novidades.

Agora com meu canto de retiro situado no NE do país, numa das praias mais afrodisíacas do mundo... acredito não vai faltar inspiração! É mais fácil faltar conexão de net mesmo, como nas últimas semanas... Enfim, meu novo canto onde recarrego as baterias e respiro para criar é mais encantador que nunca!

E como diria meu amigo das antigas Alcyr, sou uma 220 trivolt. Já arranjei uma forma de começar a falar de dança até por este remoto território que mistura pescadores nativos com gringos de todas as partes do mundo (numa fusão de paraíso tropical nacional e a sensação louca de estar sempre fora do país!). Enfim... a new é que estou com uma coluna no veiculadísimo "Jornal da Pipa". Yes!

Divido com vocês minha primeira matéria que, na verdade, devido ao pedido em cima da hora, já estava escrita e havia sido publicada num outro jornal de menor porte do outro lado do país, há algum bom tempo atrás (2002)... achei que valia a pena republicá-la.

Espero que gostem e estarei publicando a de cada mês!
O tema será sempre dança, mas de forma geral. Dança do Ventre será um tópico esporádico. Ui, que nervos! rs... Então quem quiser sugerir pautas, eu agradeço.

Luz. Paz. Alegria.
Até breve. Suheil


Você já dançou hoje?

Desde os tempos mais antigos, a dança têm sido uma das formas de expressão mais utilizadas pelo Homem. No princípio, os movimentos visavam imitar os animais, vezes por guerreiros invocando a força de determinado animal antes de uma luta, pedindo permissão para caçada ou mesmo nas comemorações tribais.

Nas filosofias orientais antigas, encontramos manifestações da dança ligadas a rituais religiosos. Estes povos consideravam os elementos da natureza (sol, lua, rios, plantas, animais,...) os deuses responsáveis por toda fartura ou escassez alimentar (com ciclos de chuva e seca, por exemplo) e como consequência, atribuíam a isso a prosperidade do povo. Suas danças invocavam e reverenciavam estes deuses.

De lá pra cá muita coisa mudou. A história da dança se desenvolveu junto com a história da humanidade, acompanhando de alguma forma todo tipo de manifestação. Basta observarmos as danças simplesmente festivas, como as folclóricas, típicas de cada povo, de cada região, que carregam consigo toda uma carga de importância cultural que não pode ser negada.

Hoje a dança está presente no cotidiano. Mães que levam suas filhas desde a infância para a sala de ballet, crianças que sonham com o brilho das luzes dos canhões, meninas buscando movimentos em corpos com curvas recém surgidas, mulheres resgatando o feminino, ou simplesmente os diversos modismos que surgem a cada ano ou o borbulhar das casas noturnas nos finais de semana, onde mexer o corpo é sinônimo apenas de diversão. Seja como for, a dança está expressa em nossa vida diariamente. E com certeza não é a toa.

Está provado que dançar, além de ser algo extremamente relaxante, ajudando em casos de stress e insônia entre outros, é uma maravilhosa atividade física. A dança desenvolve a coordenação motora, a graciosidade, o ritmo e a musicalidade. Nas crianças ajuda ainda, a criar disciplina. Os exercícios beneficiam o corpo com tônus muscular, alongamento e flexibilidade. Em uma aula, de acordo com a modalidade escolhida, pode-se gastar em média 300kcal/h, o que garante o emagrecimento. Existem casos de cura de hipertensão, síndromes de pânico e depressão entre outras. Isso porque a dança além de tudo, é capaz de resgatar na mulher a essência do feminino; a delicadesa associada ao vigor, o sensível carregado de força, a beleza em sua forma mais alegre.

Dançar não têm idade. Dançar não têm credo. Dançar não têm restrições. Dançar só têm alegria. Dançar traz vida ao corpo e ao coração. O que você está esperando? Ligue o som. Você já dançou hoje?

Laialy Suheil


Matéria publicada no JP - Jornal da Pipa e Região, Ano 2 nº4 - RN, Brasil

domingo, 31 de maio de 2009

Workshop em Portugal

Olá pessoal que carinhosamente acompanha meu trabalho.

Faço uma pausinha por esta viagem maravilhosa entre Portugal e Espanha, que prometo dividir fotos e histórias em breve, apenas para contar que após a primeira passagem por Portugal, por sinal país encantador, com direito ao sucesso do Globo de Ouro de minha querida Erika Oliveira (parabéns lindinhaaaaaa!!), a presença acolhedora da poderosa Salete e muuuita coisa boa...

Com a super hiper mega blaster modelets Globo de Ouro 2009

E a super hiper mega blaster porto seguro Salete Star

Agora já estou na Espanha!


Estarei com Aysel El Suheil em Madrid (estou louca para saber como anda a minha super e orgulhosamente representante do método na Espanha), prometo trazer muitas novidades de Zambra de Granada (ok, é claro que depois ensino tudo pra vocês!) e uma alma flamenca encantada de Sevilla, entre outras.

Porém, para quem ainda não pode dançar comigo por aqui...

Estarei retornando a Portugal para um workshop aberto de dois dias.

A todas que por lá puderem estar e participar, serão quatro cursos, dois para iniciantes e dois para avançadas.

Acontece em Lisboa, dias 13 e 14 pela escola de dança Sétima Posição, organizado pelo super Marcos, que pode passar a vocês todas as informações.


Marcos, o mais recente parceiro

Abaixo o link para o blog deles para quem quiser
http://mandinga7posicao.blogspot.com/

Com saudades de todos, mas ainda querendo ficar mais um pouquinho no velho continente...

Muitas beijokas e até a volta!!
Suheil

domingo, 3 de maio de 2009

Bellydance Superstars - A qualificação

Existem certas lembranças, que não importa quanto o tempo já tenha passado, permanecem vivas em nossa memória em detalhes e sensações. A vida me foi maravilhosa, me presenteando com muitos destes momentos, todos eles únicos. Porém existe um em especial, que embora muitas pessoas me peçam para contar, guardo comigo como uma jóia preciosa: pois se o exibo aparento arrogância e se o guardo, assim o protejo. Sobre ele, descarto opiniões alheias, até porque só quem o viveu sabe de sua intensidade - no caso, apenas euzinha...

Mas hoje recebí mais um email me pedindo para contar esta história. Diferente de vários outros, sempre curiosos, algus indignados, outros pedindo o caminho, este me comoveu. Tinha amor. Amor pelo meu trabalho e uma profunda gratidão pelo que eu represento para esta pessoa, sem nunca nem mesmo tê-la conhecido pessoalmente. Então resolví escrever. Escrever para você que apoia meu esforço e minhas conquistas. Escrever pra você que vibra com minha alegria. Escrever pra você que me escreve com tanto carinho, enquanto me pergunto: aonde foi que te conquistei assim, apenas com minha dança? Obrigada.

The "Bellydance Superstars Search" night
ou
A noite em que uma cucaracha brasileira fez bonito na terra do Tio Sam

Na verdade tudo começou um pouquinho antes: no festival das escolas Luxor de 2003. Lá estava eu, estudando. Comigo duas mais que alunas, pituchas Bibi e Dê. Esta já seria uma história a parte, recheada de acontecimentos... mas vou direto ao final. No último dia do evento, na hora de assinar os certificados, vêm o convite de Sahra Saeeda (minha diva pessoal) para que eu grave com a cia dela um video em Los Angeles. Deixo esta parte hilária de meu comportamento comemorativo para as pitchucas contarem; não é sempre que a "mestra" pula que nem perereca moleca entre outros micos.... que bom que não lembro bem desta parte. Memória defensiva.

E lá estava eu em Los Angeles, janeiro de 2004. Ensaios de 12 horas (em inglês, claro) quando nem o fuso horário ainda estava em ordem, foi apenas o começo. Depois disso muita coisa (boa, ótima) aconteceu até o dia em que ouví falar pela primeira vez das Bellydance Superstars. Estava com Jillina na sua maratona hollywoodiana de shows cronometrados e ela, motorista mais que acelerada, com seu GPS me levando `a um mundo que eu não conhecia dentro da dança. "This is Hollywood baby..." Sahra viria a repetir esta frase pra mim em outro forte momento. "Isto é Hollywood querida. O mundo quer uma chance aqui!". Incrível o poder que Hollywood exerce sobre as pessoas, principalmente sobre os artistas. Mas este também seria outro enooooorme post.


Eu e a grande mestra Sahra Saeeda no primeiro dia de ensaio em Los Angeles

E então Roxxane, a dona de todas as chaves, promoter, colega, amiga, pessoa maravilhosa, generosa, especial,... (dá-lhe outro post!) me "apresentou" ao grupo de Miles Copeland, ex -promoter do The Police (que Sting a parte, eu já amava de paixão) e com o qual a identificação foi imediata. Tudo o que eu sempre acreditei que aconteceria com a dança do ventre no futuro, o formato de mega show, a produção, a valorização de estilos próprios, tudo! Existia então um grupo no formato com o qual eu sempre sonhei. Claro que só um roqueiro desta qualidade poderia tê-lo concebido. Amor imediato.

Com Roxxanne Shelby - friend and personal angel

E aí veio o convite para dançar no show da seleção. Eu? Não acredito! Seriam 12 concorrentes por noite, as quais as finalistas competiriam na final. Aqui cabe um parêntese: Não sei como foi a pré seleção, pois como eu estava como convidada dançando com Sahra Saeeda e com workshop marcado na escola aonde acontecia a pré seleção entre outras atividades, fui direto para a seleção, também como convidada. Posso só contar as curiosas, que o processo inteiro acrescentaria uma inscrição com video , se aprovado depois vêm uma audiência, se aprovada, só então a participação na seleção. Só esta "comida de etapa" já me deixou, confesso, realizada na terra do Tio Sam. Meu serviço estava sendo bem feito. Estava com orgulho de mim mesma!

Na primeira semana fui assistir a competição. A casa noturna em Hollywood, "Platinum Live" era puro luxo. Ambiente que só de estar ali já não podia manter meus dentes escondidos (quem conhece meu sorriso, sabe do que estou falando). O som, as luzes, o palco... e o show. Que show! Meu Deus, isso é uma seleção? Pra mim foi um dos melhores shows de dança do ventre que assistí em toda minha vida! Bailarinas como Princess Farhanna, Luchia, profis que trabalham com Jillina, com Suhaila Salimpour, meninas preparadíssimas! Sônia estava comigo em um workshop dias antes... e ainda não se sentia preparada. Imagina então o naipe das bailarinas! Foi um p... show!! A ganhadora da noite foi a Adoré, que entrou dando saltos mortais (além de muitos shimes) e hoje já está nos dvds do grupo. Daí me liguei que semana seguinte eu estaria alí. Frio na barriga.

18 de fevereiro - acordei menstruadíssima, com o corpo inchado, as pernas que mal ficavam em pé, que diriam me dar shimes fortes... ! Pensei em desistir. Péraí moçada, sou humana! A coreografia que eu vinha trabalhando há uma semana, minutada e escolhida especialmente para o evento, não me satisfazia mais. A coreografia não me agradava mais. Minha roupa estava apertada, minha barriga inchada. Chorei. Típica deprê de primeiro dia menstrual. Liguei pro meu amor, aqui no Brasil: que roupa eu uso? Liga pro Adinam, nosso amigo esotérico, vou de azul ou de rosa? Preciso dos astros a meu favor, já que tudo hoje, justo hoje, está contra mim. Claro que depois de um desabafo, tudo se acalmou. E pensei: Quer saber? Não devo nada a ninguém! Nunca uma cucaracha (eu ou outra!) vai ganhar alguma coisa numa competição americana em Holywood! Tô querendo o quê? Vai curtir sua boba!

E então eu abandonei tudo. Dane-se a coreografia, a música escolhida. Vou dançar com a minha alma, está decidido! Peguei o cd com minha música favorita (um Jerk), numa edição que eu tinha feito com Petito Balaha no final. Amo essa edição! Não faz mal que tem 2 minutos a mais que o permitido, não vou ganhar mesmo! A roupa? Nem azul nem rosa. Hoje estou a fim de usar a amarela. Chegamos pontualmente. No juri, bailarinas conceituadas, entre elas Laura (aquela do cd Laura in Ballady). Casa lotada. No camarim, um festival de bailarinas lindas e eu muito feliz por ser a quarta a dançar: assim também poderia assistir ao show!

Durante a entrevista, Miles uma simpatia, brincou e tirou sarro comigo. E eu com ele! Aff , sua sem noção! Será que podia brincar com o "Boss"? Agora já foi! As americanas são tão sérias. Ele riu muito. Deve ter sido legal. Melhor eu me concentrar. Sou a quarta a dançar.

Fiz minha parte. Não me pergunte muito, pois saí dançando sem hoje me lembrar muito do que eu fazia. Apenas deixei meu corpo e minha alma se entenderem por conta própria naquele momento tão mágico. Naquele palco perfeito, de luzes perfeitas, com som perfeito... eu dançando no primeiro mundo! Podia apenas ver o sorriso dos mais próximos, o combustível para minha alma dançar ainda mais feliz! Me lembro do brilho, da alegria, da emoção de poder estar alí. Só. E que logo depois que saí do palco, vestí a roupa e fui para a platéia aplaudir minhas colegas. Depois veio o show com o grupo de Zahra Zuhair e Miles subiu ao palco para chamar as vencedoras.

18 fevereiro, Platinum Live, at Bellydance Superstars Search

Eu bebia a minha coca cola diet com muito gelo pra abrandar um pouco minhas calientes emoções, quando Roxxy ao meu lado vira e diz:
- "Suheil, ele disse Suheil".
E respondí:
- "Imagina! Você ouviu errado!"
- "Ele chamou seu nome! Eu ouvi! Suheil."
- "Impossível."
- "Suheil, vai lá, é você!"
e foi assim que desacreditada corri esbaforida pelos corredores que levavam até o camarim, interrompida aos trancos por "congradulations" que surgiam das dez direções. Em um suspiro vestí o sutien, a saia, me enrolei no véu, sem pala, sem brinco ou qualquer outro acessório. E entrei no palco para ser entrevistada. Só me lembro de antes rogar a Deus que aquele homem não me pedisse para dançar ali, naquela hora... por nada não, só porque eu estava semi-nua por baixo do véu!

Olha a cara de feliz ...

E assim voltei pra casa de Roxxy naquela noite, com a sensação de ter conquistado toda a América. Mais que isso. De ter encontrado um local aonde minha dança mais que nunca havia sido valorizada. Valorizada por meu estilo acima de tudo! O mesmo estilo que por anos me gerou as mais duras críticas, hoje me presenteava com a glória de uma conquista: a qualificação pelos jurados e com isto a chance de um dia poder vir a ser uma integrante oficial das Superstars.

Dias depois, meu workshop estava cheio de profissionais. As mesmas que comigo competiram, estavam ali para me prestigiar e aprender comigo. E eu? Nossa, o quanto aprendí com elas! Acima de tudo, aprendí que profissionais podem sim dividir o mesmo espaço e somar ao invés de dividir. Se unir ao invés de atacar umas as outras. Prestigiar as diferenças ao invés de criticar quem não pertence ao seu padrão.

Cartaz do meu workshop e bailarinas americanas que estiveram lá.


E assim hoje divido este momento com vocês. Por que esta sou eu e é assim que meu coração fala, enquanto minha alma move o meu corpo em dança. Se eu sonho entrar para o grupo? Claro que sim, como não? Mas sonho principalmente com o dia em que as colegas irão parar de puxar o tapete uma das outras, inviabilizando realizações alheias. Não fosse assim, eu já estaria lá, representando nosso país e quem sabe trazendo outras de vocês para perto.

É. Já dizia a sábia frase de parachoque de caminhão: a inveja é uma merda. Mas obrigada a vocês que fazem meu trabalho crescer a cada dia, nos meus incansáveis passos de formiguinha.

É pra vocês que minha alma nunca se cansará de dançar... mesmo que apenas em volta de uma fogueira, sob o brilho da lua e a consistência do chão de areia da praia.



sábado, 28 de março de 2009

Quando só o tempo é capaz de provocar certas sensações...

Estive estes últimos dias em Ubatuba, uma cidade maravilhosa do litoral paulista. Foi nesta cidade que passei 8 anos de minha história pessoal... e lá estava eu entre outros motivos para avaliar um exame que ocorreia com as turmas do primeiro ano da escola de minha ex aluna, hoje profissional, Jalilah.
Uma honra estar nessa modesta banca, ao lado de Adriana Menezes, acadêmica em dança e que também foi banca em minha escola, quando Jalilah ainda era a pequena e talentosa Denise.

Do outro lado, prancheta em punhos, outra representante do método acadêmico, a professora Sahara, até poucos anos atrás, a diretora Jô, que achava que nesta encarnação jamais seria o que é hoje. O exame ocorreu como esperado... e no dia seguinte de novo... e não é sobre ele que quero escrever; mas sobre o que isso me causou: uma sensação completamente nova!

Um misto de me sentir... velha não, experiente... acima de tudo, realizada! As vezes me sinto tão nova para ser apresentada como "minha mestra". Outro misto de emoções: mestra, eu, tão novinha? Não seria pretensão? (O mestra ou o novinha? Ambos!).
Mas como descrever aquele que nos ensina eternamente com carinho tudo o que sabe? Eu chamaria de mestre. E se assim me chamam... devo agradecer o carinho, o respeito... e receber de coração aberto. Perdão as incomodadas (aquelas que metem a boca em bailarina chamada de mestra). Mestra Suheil é um barato! Mas ai, minha tintura pra cabelos...

De qualquer forma, foi uma experiência com a qual me peguei pensando neste sábado de deliciosa melancolia, antes da próxima viagem que se aproxima, atolada de bagunça ao meu redor... Estar ao lado das alunas daquelas que foram minhas alunas... cresceram por mim lapidadas e hoje lapidam de acordo com o que lhes foi passado... e assim virão as próximas. Parece aqueles filmes de gerações, sabe? ... e me pego com 70 anos... como será? Como estará a dança? Quantas escolas com método acadêmico existirão? Pretensão? Não ... sonho!
De bengalinha, eu apareço para mim mesma como Jane Blauth e sua varinha de bambú. Meu riso me desperta do cochilo. Que delícia! Acordar sim. Para esta vida real.

Porque estas realizações na vida da gente, só acontecem quando o tempo passa, impiedoso... mas trazendo o conforto de uma vida dedicada a algo que deu certo!

Obrigada Buddhas e Bodhisatvas, obrigada Deusas, obrigada Universo. Só pra começar a lista...

Ilustrando estas memórias...

Turma de 1999, hoje todas bailarinas.
Entre elas a representante do método em Floripa, Julieta


1999
Cristian Kelly, , Edy, Rosa, Nori, Julieta e Suely.
Debbie, eu e Potty.
Jalilah, em 2008
e há 10 anos, ainda uma menina...




hoje com seu grupo de dança

e em sua escola,
no dia do exame mencionado...


Exemplos de semente, de realização...

Multiplicadoras de uma vida dedicada a dança...

Que venham também as alunas de Shobam, Samra, Aziza, Amara, Farhannah ... e de todas as outras bailarinas maravilhosas que trilharam comigo este caminho!


Amo tudo isso!!!
(acho que já ouvi isso... rs...)


terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O surgimento de um Método Acadêmico para Dança do Ventre

Método Acadêmico Suheil Dança do Ventre

O surgimento de um Método Acadêmico para Dança do Ventre


- texto retirado do livro da bailarina -

...

Como acredito, pude provar nestas dezenas de paginas escritas com todo o meu amor, sim, sou uma admiradora da dança do ventre. Uma apaixonada por esta arte. Uma fãn. Em verdade, uma completa adicta. Até entrei em uma dessas comunidades de sites de relacionamento, entitulada “Fanáticas por dança do ventre”. Não poderia ficar de fora! Mas amar muito alguma coisa as vezes pode ser um problema.

Por mais maravilhosa que tivesse sido para mim minha mestra Shahrazad com todos os seus fantásticos exercícios e outras professoras que eu viria a conhecer depois, cada uma com seus conceitos e seus benefícios, suas técnicas e seus métodos próprios, muitos deles com resultados incríveis, ainda faltava alguma coisa. Dentro das aulas, algo ainda não me satisfazia. Faltava uma linha de aprendizado. Faltava didática, método. Faltava aprimoramento técnico. Faltava principalmente uma evolução consciente dos movimentos.
E então quando estava na sala de aula de ballet, estudando... foi que me dei conta. Agora parecia muito claro. Como um estalo. Assim como as danças clássicas acadêmicas possuem uma metodologia que nos garante um aprendizado pleno e de qualidade atestada, era nescessário didatizar, “metodologizar”, academizar a dança do ventre!!! Uma semente era plantada aqui.

Começou então um processo de busca que envolveria nomenclatura, das mais utilizadas popularmente `aquelas usadas internacionalmente, incluindo a criação de alguns nomes, normalmente descritivos, que se fizeram nescessários.
Como fazer tal e como fazer qual técnica? A didática deveria ser de acordo com a tradição, mas incluir cinesiologia, biomecânica, anatomia do movimento... e isso levou a um profundo estudo de todos os movimentos encontrados na dança. Após catalogá-los, é claro!
Nescessária é a organização para o estudo aprofundado de algo. Feita então, uma apurada divisão dos movimentos em grupos de acordo com a parte do corpo a que se referem e seu respectivo grau de dificuldade. E qual ou quais passos derivam de determinado um, e quais passos derivam de outros. E assim por diante.

E então agregou-se o ballet. Sim, o ballet clássico, pai de todas as danças, como dizem do piano, o pai de todos os instrumentos. Quando se olha com foco para a linguagem universal da dança, sejamos francos (!) : pliet é pliet em qualquer lugar do mundo. Assim como relevet, pivot, developet e diversos outros nomes utilizados para determinados movimentos do corpo na dança, que são chamados assim desde que a dança é dança, ou pelo menos, é dança acadêmica.
E assim posso dizer também sobre os braços. Uma quinta posição de braços é igual no método italiano, francês ou russo. Cada uma com seu detalhe, seu estilo próprio, claro, mas grite em uma sala de dança “5ª posição” e me diga se imediatamente qualquer nacionalidade de bailarino não vai levantar seus braços em arco sobre a cabeça.
Foram agregados o ballet e sua nomeclatura também. Adaptados é claro, `a realidade da dança do ventre. Um passet jamais seria endehors com uma roupinha de odalisca, certo? Usando o bom senso, é muito fácil entender as adaptações naturais que estes determinados passos sofreram ao migrar do ballet para a dança do ventre.

E aí então, como numa receita de bolo riquíssima, em que nada pode faltar ou sobrar, agregaram- se as danças folclóricas, as danças modernas, as fusões... Assim como o uso como auxílio psicoterapêutico que se faz da dança (e o tão polêmico arquétipo das deusas). Não poderia deixar de fora também, a história da própria dança, a história da dança do ventre e uma certa cultura mínima da dança em geral (afinal, quero academizá-la, não é?). Conhecimento é a palavra. Estudo é o adubo.

Brotou daí o Método Acadêmico Suheil Dança do Ventre. No começo eram papéis cheios de anotações e fórmulas quase que secretas para ensinar esta tão maravilhosa dança, de forma a permitir que as alunas absorvessem todos os benefícios da prática e ainda tivessem em mãos um curso valorizado, que lhes permitisse no futuro, também poder exercer uma profissão artística com qualidade e dignidade.

Nescessário também, que as profissionais se comunicassem com a mesma linguagem e os mesmos padrões de avaliação, ou seja, primeiro ano em uma escola não pode ser terceiro em outra e assim por diante, de acordo com o exclusivo interesse comercial.
Surge então, o "Guia didático". Com ele, foram divididos em cinco diferentes níveis, ou cinco períodos, todas as informações e todo o conteúdo prático do curso. Você sabe desde o início o que vai aprender, quando e porquê!

A aplicação do método já acontecia em academias, nas aulas de dança do ventre. Difícil na época uma escola especializada como as que existem hoje. E incrivelmente as aulas de dança começaram a lotar! As aulas de dança do ventre passaram a ser dinâmicas. Mais que isso: aula de dança do ventre passou a ser também cultural. Passou a ser técnica. Passou a ser divertida. Passou até a ser rentável! Fui aconselhada então a abrir uma escola.

Começar uma escola própria com diversas alunas não foi difícil. Começar com turmas técnicamente divididas e que já estavam acostumadas a “mudar de nível” conforme o aprendizado e não conforme o tempo de dança, também foi a etapa fácil. Era nescessário agora apenas praticar o método e a didática desenvolvidos. E aplicá-los significava usá-los, testá-los, não apenas nas alunas que já estavam neste fluxo, mas principalmente a mim mesma, em colocar regras e ditar o quê e aonde, principalmente a mim mesma, pois não poderia deixar a essência da dança se perder em meio a tanta rigidez e disciplina. Esta foi a tarefa mais difícil...
Temí. Pensei. Uma escola com um método acadêmico, diferenciado. Mas como saber se ele funciona? Como saber se estas “bailarinas do ventre” seriam mesmo diferenciadas? Como a arrogância de achar que este seria diferenciado... porquê? Seria nescessário então olhar para a plantação, como quem olha mesmo para um fruto... a saber se é bom ou não. Simples assim.

Fui atrás de bailarinas clássicas que pudessem servir de examinadoras destas minhas alunas (e das de outras professoras que já usavam o método). Montamos uma banca com três profissionais reconhecidas (faculdade de dança, diploma de ballet, etc...) e então aplicamos exames que começaram como anuais, que promoviam a aluna para uma outra turma, um nível superior. Para ser aprovada o rendimento mínimo da aluna, assim como sua frequência em aula, deve ser acima de 70 por cento.
Este exames consistiam em movimentos técnicos, combinações, diagonais (e tudo o mais que requer um exame acadêmico), além de leitura musical, postura, coreografia e improvisação (tido por muitos como essência desta dança). Se a aluna viesse de outra escola, poderia começar a frequentar as aulas, mas seria submetida a um exame oficial para poder permanecer em qualquer turma acima da iniciante. Foi incrível o resultado técnico atingido com esta implantação. A seriedade com que as alunas frequentavam e encaravam o curso, já não era mais a mesma. Que bom.

Começou a prática real do método! Turmas começaram a usar a metodologia e as salas foram ficando mais cheias. Os comentários inevitáveis apelidados de “amigos do ego”, cada vez citavam motivos diferentes de porquê daquela forma aprendiam e de outra não. E isso foi crescendo. As primeiras alunas foram se apresentando e com elas inúmeros troféus conquistados em festivais foram se somando nas prateleiras.
Em outras cidades, professoras chegaram com a novidade. Suas salas encheram. Ninguém rouba aluna de ninguém. Mas é incrível como todas as alunas têm em comum, a busca por um curso aonde se aprenda... E as alunas foram optando. Pelo curso didático, acadêmico,...
As alunas das turmas infantis, com sua metodologia apropriada e também adaptada para que as meninas não desenvolvam prematuramente o lado sexual e sim aprendam a valorizar mais o seu próprio corpo, as duzias mostravam a cada dia, que a dança pode fazer desabrochar o feminino com delicadesa e muita disciplina. E que criança pode sim dançar a dança do ventre como criança. E ser assim vista, dançando como criança.

Alunas que entraram no início do curso foram passando de ano, ano após ano. Algumas depois estagiaram para se tornarem professoras da escola, daí começaram a dar aulas como trainees para depois serem oficializadas professoras. Exatamente como nas escolas acadêmicas de ballet. Com o tempo, outras professoras que vinham de outras escolas com outros métodos, começaram a aparecer. No início para fazer aula nas turmas mais avançadas ou apenas para se atualizar. Outras, pedindo claramente para aprender uma forma de ensinar. Curioso não? Mas é mesmo nescessário aprender a ensinar. “Nem todos nascem com o dom” seria uma frase tão ruim assim neste caso? Sabe aquela história da exelente bailarina que não sabia dar aulas?
E assim surgiu o “Curso de Formação para Professoras de Dança do Ventre” – Metodologia acadêmica Suheil Dança do Ventre. Primeiro para minha própria escola, e como quem vê um sonho se tornando realidade, depois para outras escolas, em outras cidades, outras capitais,... rompendo as fronteiras.

O êxtase dos 10 anos de aplicação prática do método foi, para mim ver diversas alunas circulando entre oito professoras diferentes dentro da mesma escola, estivessem repondo aulas ou experimentando estilos diversos, acelerando o aprendizado, mudando de turma... não importa! Mas com todas estas ímpares bailarinas e professoras de estilo próprio, que utilizando-se apenas deste método academicamente, conseguiram que as alunas não se perdessem no conteúdo das aulas, conseguissem se comunicar através de uma mesma nomenclatura e fluir de uma sala para outra, de uma professora para outra, de um nível para outro, evoluindo sempre de forma visível até para os mais leigos. Na ponta da língua a delicada sabedoria feminina também se apresenta. Quando questionadas sobre cultura ou pressionadas pelo preconceito alheio, estas alunas souberam com muita didática expôr seus conhecimentos e elevar o nível desta arte tão rica. Assim como as bailarinas de verdade. Aquelas que conhecí, admirei, amei, respeitei... e viví desde a minha infância.

O Batismo. Quando eu comecei a dançar, o ritual do batismo era mais que mágico. Era esperado. Era uma dádiva. Na verdade mesmo era uma forma de nós ocidentais sermos aceitas pelas comunidades árabes e vizinhas quando dançando em suas festas, um dos únicos trabalhos na década de 80 para quem queria ser bailarina de dança do ventre. Mas isso era abafado pelo misticismo. A mestra lhe escolher um nome, algo com significado – que para a cultura deles é ordinária e para a nossa não usual – principalmente se relativo a sua personalidade ou a sua dança, era uma honra. Tanto que carrego o meu até hoje.
Hoje é indiferente para muitas escolas, bailarinas que se auto nomeam ou simplesmente o nome de dança ser um “nome artístico” no seu DRT. Mas não para muitas das mulheres que ainda carregam um toque de magia em tudo o que fazem. Ou que estão precisando fazer isso! A dança para muitas mulheres é apenas um momento de prazer entre tantas atividades diárias frustrantes. Esse momento precisa ser mágico.
Nesta proposta acadêmica, o batismo opcional acontece ao término de terceiro ano de curso. Embora ainda tenha pela frente no mínimo mais dois anos de estudo, com este tempo a aluna já está hábil a dançar, a apresentar-se publicamente, e por conta própria, respeitando a ética e os valores aprendidos. Como um ritual que diz a aluna: “daqui pra frente você não precisa mais ficar apenas nas apresentações das festas da escola...”, ou algo parecido. “Mas continua estudando. Porquê não acabou”. É importante a segurança de que já se sabe algo, de que se chegou em algum lugar, de uma estrela no peito. Para motivar a terrível descoberta que vem a seguir: que o aprendizado não acaba nunca. Como quando calcei minhas primeiras sapatilhas de ponta.

Estava implantado o método. Os frutos nasceram saudáveis. Mais que isso, os frutos são especialmente ricos. Raízes fortes crescem. Sementes férteis se multiplicam.

Hoje o método está presente em diversas escolas de diversas cidades em alguns estados e até mais, países! Será que posso falar em gerações? Alunas das alunas que foram alunas de Suheil. Que bênção!

Conheça algumas delas:

Shobam El Suheil (Representante em Brasília, DF),
Mahayla El Suheil (Representante em Aracaju, SE),
Julieta Camargo (Representante em Florianópolis,SC),
Jalilah El Suheil (Representante no Litoral Norte e Vale do Paraíba, SP),
Laialy Sahira, Aziza El Suheil, Samra El Suheil (Representantes em Ubatuba, SP),
Hafsa Farah (Representante em Caraguatatuba, SP),
Amara Zahira (Representante em Campinas, SP),
Rajaa Rafiq (Representante em Rio Claro e São Pedro, SP),
Nar El Suheil (Representante Austrália),
Aysel El Suheil (Representante em Madrid, Espanha)

e ainda...
Safi El Suheil, Kamra El Suheil, Najwah El Suheil, Mushtaree Maia, Shayna Sabbat, Samina Amal, Lina Kahina, Amira Zambak, Fahima Hayal, Warda, Nadima Ardah, Badi’a El Suheil, Shala Sharifa, Farhannah El Suheil, Dahab Perizad, Lyinaa Kareemah, Nyla Nefer, Sahira Sadiyah, Rayzel Hadiyah, Najma Khawala, Alika Mahaila, Khadija Hallemah, Samia Muneerah, Tahia Fathin e Layla Saide, entre outras.

Obrigada a todas vocês por acreditarem e confiarem em meu trabalho.

...

Assista ao vídeo promocional do novo Dvd !!
Ele será lançado junto com o livro da bailarina, este ano em rede nacional, comemorando os 10 anos do Método Acadêmico.


"Método Acadêmico Suheil de Dança do Ventre"



Reserve o seu !!!

* Participação especial das professoras Aziza, Jalilah e Samra El Suheil




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