segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Festival Mozaico - Gamal e Khaled Seif, meus novos super heróis


Para quem não estava antenado ou para quem esteve lá...

Esta semana que passou aconteceu o Festival Mozaico, organizado pela mega mestra Lulu Sabongi em seu espaço, o Shangrilá House.

Diferente dos últimos festivais que tenho frequentado, o número de alunas por aula foi limitado, o que permitiu um aprendizado de qualidade muito sup
erior! Era possível obter correções e observações individuais, além claro de estar muito mais próxima aos professores, o que de imediato já faz toda a diferença.


Tive a oportunidade de estudar Mouwashahat com Khaled Seif e confesso: diferente sim de todos os outros mestres com quem estudei esta modalidade da qual me tornei totalmente adepta e adicta. A leitura que ele deu aos movimentos foi única e completamente engrandecedora. Me deixou muito mais livre para continuar criando neste estilo e sabendo como valorizar cada momento musical único com muito mais criatividade - sorte enorme das cariocas que farão workshop neste tema comigo semana que vem! Estou remodelando tudo! rs... - A palavra de ordem alí, muito mais que técnica, foi ALMA. E Mouwashahat de fato toca minha alma... Valeu cada centavo e cada segundo investido!
Nasceu ali o meu mais novo super herói.

Meu novo super herói, Khaled Seif

Depois foi a vez de estudar Om Khoulsoum com Gamal Seif. Confesso que sempre tive dificuldades com as músicas dela, talvez justamente porque não me tocavam a alma tão profundamente. O maior dos lucros? Acho que depois de minha passagem por Gamal, consegui descobrir em algum lugar de minha alma, um "espírito Khoulsoum" adormecido.
Difícil despertá-lo, mas aconteceu! Sem falar num certo respeito, muito maior, que adquiri para as futuras interpretações neste, digamos, estilo.

Gamal exige primor técnico, exige leitura musical apurada, no ritmo, na melodia, na voz. Nada passa desapercebido. Detalhes que fazem a diferença são observados e exigidos da aluna atenta. Concentração em grau extremo para absorver tanta informação que ele consegue transmitir de forma tão generosa! Um aprendizado sem fronteiras, sem tamanho, sem medida.
Voltei pra casa com as emoções a flor da pele, como há muito não acontecia.

Meu novo super herói, Gamal Seif

O que achei realmente incrível e de extrema identificação, foi algo que eu não estava ali para buscar, mas aconteceu! Diz respeito a essa "babaquisse" que se instalou numa ridícula (desculpe, mas é o termo!) campanha contra o ballet na dança do ventre.

Não vou entrar nesse detalhe, porque o buraco ao meu ver é bem mais embaixo e na verdade me parece que ninguém nem está falando a mesma língua nessas discussões virtuais e também nem estão querendo se entender... Querem mesmo é polemizar! Então...

Vou relatar o que ELES, egípcios, disseram sem nem mesmo saber do que por estas terras tupiniquins andam falando a respeito.

1- "Não falem dançarinas do ventre! Nós egipcios não gostamos, não respeitamos isso. Vocês são bailarinas orientais! " - daí fez uma postura bem torta, estufou a barriga para fora de forma absurdamente cômica e disse: "Isso é uma dançarina do ventre". Depois encolheu a barriga, subiu o peito, colocou-se elegantemente e com o nariz arrebitado disse "Isto é uma bailarina Oriental. E vocês são bailarinas!"

2- Começou a aula perguntando: "Alguém aqui já estudou ballet?". E acrescentou: "O ballet é o pai de todas as danças. Do moderno, do jazz, da dança de salão, do hip hop... e também da dança do ventre. Estudar ballet é fundamental para se ter qualidade em dança oriental."
Dado o recado.

Bom, acho que por hoje basta!

Você perdeu o Festival Mozaico? Chore. Chore muito!
Porque perdeu junto a maravilhosa oportunidade de estar ao lado de grandes nomes da dança e de aprender muito com eles!

Mas tudo bem... respire fundo e organize-se!
Lulu promete que ano que vem tem mais!!

Aliás, como último comentário deste post fica aqui o "Mega Super Obrigada" para a Lulu, que nos proporcionou este evento de altíssima qualidade, escolhendo a dedo 2 profissionais estrangeiros únicos (sem falar nas colegas do Shangrilá, claro!).

E agradeço também a confiança que me depositou me dando a chance de ter uma "palhinha" como tradutora do Gamal, o que acabou de alguma forma me aproximando um pouco mais deste grande mestre. Foi um prazer e uma honra!

Com Lulu (super heroína desde sempre).
Exemplo de profissionalismo, de mestra, uma pessoa muito amada e agora também, parceira.

Aliás, para quem ainda não sabe estou agora na "Equipe Shangrilá", ministrando aulas nesta "minha nova casa" todas as 4ªfeiras.
Poder estar no espaço da Lulu está sendo uma parte deliciosa deste meu retorno a Sampa depois de tantos anos fora. Mas isso será assunto de um outro post...

;)

2 comentários:

  1. ahhh mas no ano que vem eu vou!!! quer dizer... é uma semana fora de casa, vou ter que arranjar alguém pra dar minhas aulas, faltar na faculdade, no outro emprego... mas vale a pena né? hehehe

    :**

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  2. Não sabia dessa campanha contra o ballet na DV, que coisa bizarra, o ballet é o pai de todas as danças, todos sabem disso, não sabem?

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